Grand Slams de tênis: como eles surgiram no esporte?
Os Grand Slams de tênis são os maiores torneios do esporte. Conheça a história!
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O termo “Grand Slam” é sinônimo de excelência no tênis. Os torneios Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open compõem os quatro pilares dessa elite esportiva. Eles não são apenas competições, mas verdadeiras celebrações da habilidade, resistência e tradição, capazes de atrair milhões de espectadores ao redor do mundo. No entanto, a história por trás desses torneios revela muito sobre como o tênis evoluiu de um esporte elitista praticado em clubes fechados para um dos eventos esportivos mais assistidos globalmente. O Lance! te conta toda a história dos quatro Grand Slams de tênis!
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Os Grand Slams nasceram de esforços para internacionalizar e padronizar o tênis. Em 1913, a fundação da International Lawn Tennis Federation (ILTF) foi um marco que unificou o esporte. Inicialmente, três campeonatos mundiais foram criados: o de grama, o de saibro e o indoor. Mas, com o tempo, surgiram discussões entre as federações nacionais, especialmente a americana, que discordava do domínio britânico e francês. Isso levou, em 1923, à redefinição dos torneios principais. Nascia ali o formato atual, com Austrália, França, Reino Unido e Estados Unidos sediando os eventos mais prestigiados do tênis.
Foi em 1933 que o termo “Grand Slam” ganhou notoriedade. O australiano Jack Crawford venceu os três primeiros majors do ano e estava a um passo de conquistar os quatro principais torneios na mesma temporada. Embora tenha perdido o US Open, o feito inspirou jornalistas a utilizarem o termo, que já era conhecido no bridge e no golfe, para descrever a façanha. Em 1938, Don Budge tornou-se o primeiro tenista a realizar o feito, solidificando o conceito no tênis.
Com a chegada da Era Aberta, em 1968, os Grand Slams tornaram-se mais acessíveis, permitindo que jogadores profissionais e amadores competissem lado a lado. Essa mudança democratizou o esporte e elevou ainda mais o prestígio dos torneios, que passaram a oferecer prêmios maiores e atrair a atenção de patrocinadores globais. Hoje, os Grand Slams representam o ponto máximo do esporte, combinando tradição, inovação e rivalidades épicas.
A seguir, conheça em detalhes a história e as singularidades de cada um desses eventos que marcaram a trajetória do tênis.
Australian Open: a evolução da modernidade do Grand Slam
O Australian Open, criado em 1905, foi o mais recente dos Grand Slams a ganhar relevância global. Originalmente chamado de Australasian Championships, o torneio foi realizado em diferentes cidades australianas e até na Nova Zelândia antes de se estabelecer definitivamente em Melbourne, em 1972. Com quadras de grama até 1987, o torneio passou a ser jogado em piso duro no ano seguinte, marcando sua transição para o moderno Melbourne Park.
Por décadas, o torneio lutou para atrair os melhores jogadores, devido à localização remota e à data inconveniente no calendário. No entanto, as reformas e inovações implementadas a partir dos anos 1980 transformaram o Australian Open no “Happy Slam”, como apelidado por Roger Federer. É famoso por suas instalações modernas, com quadras equipadas com teto retrátil e tecnologia de arbitragem eletrônica. Em 2024, o torneio atingiu mais de um milhão de espectadores, consolidando-se como o mais popular entre os Grand Slams.
Roland Garros: a batalha na terra batida
Roland Garros, realizado pela primeira vez em 1891, é o mais desafiador fisicamente dos Grand Slams, devido à sua superfície de saibro. A transição de um torneio fechado para clubes franceses para uma competição aberta a jogadores de todo o mundo ocorreu em 1925, marcando o início de sua trajetória como evento internacional.
A partir de 1928, o torneio encontrou sua casa no Stade Roland-Garros, em Paris, nomeado em homenagem ao aviador francês. Roland Garros é conhecido por seus longos ralis e partidas épicas, exigindo uma combinação de técnica, resistência e paciência. É o único Grand Slam jogado em saibro, o que o diferencia dos demais e o torna um desafio único para os jogadores.
Com um ambiente que mistura tradição e paixão, o torneio é amplamente considerado o mais romântico dos Slams. A atmosfera vibrante das arquibancadas e a beleza do estádio em meio à primavera parisiense contribuem para seu charme.
Wimbledon: tradição e prestígio na grama em um Grand Slam
Wimbledon, inaugurado em 1877, é o Grand Slam mais antigo e, para muitos, o mais prestigiado. Realizado no All England Lawn Tennis and Croquet Club, em Londres, é conhecido por seu rigoroso respeito às tradições, incluindo o código de vestimenta branco e o uso de títulos formais para os jogadores, como “Senhoras” e “Cavalheiros”.
A grama, superfície original do tênis, é um símbolo do torneio, conferindo velocidade e imprevisibilidade às partidas. Wimbledon também é famoso por sua conexão com a realeza britânica e pelo chá com morangos servido aos espectadores, um ritual que remonta às primeiras edições.
Como o único Grand Slam que mantém a tradição da grama, Wimbledon é um evento que combina modernidade com respeito às suas raízes históricas. É nele que surgiram alguns dos momentos mais memoráveis do esporte, como as rivalidades entre Bjorn Borg e John McEnroe ou entre Roger Federer e Rafael Nadal.
US Open: pioneirismo e inovação
O US Open, criado em 1881, é o último Grand Slam do calendário anual e o mais moderno em termos de inovação. Realizado no Billie Jean King National Tennis Center, em Nova York, o torneio foi pioneiro em várias mudanças que moldaram o tênis contemporâneo. Foi o primeiro Slam a adotar o tiebreak em 1970, a oferecer igualdade de prêmios para homens e mulheres em 1973 e a realizar jogos noturnos sob luz artificial.
O torneio reflete o espírito vibrante de Nova York, atraindo grandes públicos e criando uma atmosfera elétrica. O Arthur Ashe Stadium, maior arena de tênis do mundo, é palco de confrontos históricos e simboliza a grandiosidade do evento. Com milhões de telespectadores ao redor do mundo, o US Open combina tradição e modernidade como nenhum outro.
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