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História do Futebol Feminino no Brasil

Veja toda a história da modalidade no Brasil

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imagem cameraVeja a história do futebol feminino no Brasil (Foto: ROMAIN PERROCHEAU / AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 01/01/2025
10:00
Atualizado em 20/12/2024
14:07

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O futebol feminino no Brasil surgiu em meados da década de 1920, com o registro da prática em jornais de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte, ainda, claro, de forma muito tímida e pouco comentada. O Lance! mostra a história do futebol feminino no Brasil.

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Quando o futebol feminino surgiu no Brasil?

Iniciado durante a década de 1920, o futebol feminino no Brasil custou para começar a dar os seus primeiros passos. As pessoas não viam as partidas entre mulheres de uma forma séria, apenas como uma performance ou um show. Assim, a história do esporte começou a caminhar devagar.

Em 1940, a prática da modalidade ainda estava bem longe de apresentar uma grandes ligas ou ao menos clubes estruturados de futebol. O esporte era praticado apenas em periferias e, embora não fosse proibido, era considerado violento e ideal apenas para homens. O cenário começou a piorar nesta década.

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Uma partida entre mulheres foi realizada no Pacaembu, o que gerou uma revolta por parte da sociedade, ao invés de fomentar a prática do futebol feminino. As notícias provocaram um aumento de esforço para a proibição da prática pelas autoridades.

O futebol feminino chegou a ser proibido em duas oportunidades (Foto: Christophe ARCHAMBAULT / AFP)
O futebol feminino chegou a ser proibido em duas oportunidades (Foto: Christophe ARCHAMBAULT / AFP)

Por que o futebol feminino foi proibido no Brasil?

O futebol feminino foi proibido pela primeira vez no ano de 1941, pelo governo de Getúlio Vargas, quando aconteceu uma regulamentação para o esporte. O então presidente assinou um decreto de lei que proibia as mulheres a praticarem esportes que "não seriam adequados a sua natureza". No mesmo ano, o CND (Conselho Nacional de Desportos), publicou uma lista de esportes que seriam proibidos para mulheres, incluindo também o halterofilismo, o beisebol e lutas.

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Uma nova proibição aconteceu em 1965, durante o governo militar, quando novamente um decreto foi publicado proibindo a prática. No entanto, há relatos de partidas clandestinas de futebol feminino durante o período dos dois decretos.

A proibição caiu no início de 1970, quando a lei que proibia a prática foi revogada. A partir disso, foi considerado o início de uma nova era para a história do futebol feminino no Brasil.

No entanto, mesmo com a queda das leis, a prática da modalidade não foi apoiada por clubes e federações, já que não havia sido regulamentada, gerando preconceitos por parte da sociedade.

A Regulamentação do Futebol Feminino no Brasil

Foi apenas em 1983 que o futebol feminino foi regulamentado no Brasil, permitindo assim a criação de competições, criação de calendários, utilização de estádios, etc. Os clubes Radar e Saad surgiram como os pioneiros nos profissionalismos da modalidade, sendo os times mais competitivos da época.

Em 1988, a Fifa organizou o primeiro torneio mundial de seleções, que serviria apenas como algo experimental, sendo chamado de Women’s Invitational Tournament. A Seleção Brasileira foi montada conforme os elencos de Radar e Juventus, que eram os mais fortes da época.

A Seleção, no entanto, viajou sem uniformes para jogar, utilizando sobras de roupas masculinas. O Brasil ficou com o bronze naquela competição, que serviu como um pontapé para a futura Copa do Mundo de Futebol Feminino.

A história da Copa do Mundo do Futebol Feminino

A primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino organizada e reconhecida pela Fifa aconteceu no ano de 1991, na China. Os EUA acabaram saindo vitoriosos na primeira edição da competição, derrotando a Noruega por 2 a 1 na grande final.

Nesta primeira edição, apenas 12 seleções participaram, com o número crescendo gradualmente nas competições seguintes. Em 1999, o número subiu para 16 times, subindo de novo para 24 em 2015. Em 2023, 32 seleções participaram da Copa do Mundo.

Marta é o maior nome da história do futebol feminino no Brasil (Foto: Rafael Vieira/AGIF)
Marta é o maior nome da história do futebol feminino no Brasil (Foto: Rafael Vieira/AGIF)

Quais são as principais conquistas da Seleção Brasileira de Futebol Feminina?

Infelizmente, a Seleção Brasileira Feminina ainda não levantou nenhum troféu da Copa do Mundo de Futebol Feminino, mas domina os títulos na América do Sul. Confira as taças:

  1. Copa América: 8 títulos (1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014, 2018 e 2022)
  2. Jogos Pan-americanos: 3 medalhasde ouro (2003, 2007 e 2015)
  3. Torneio Internacional de Futebol Feminino: 7 títulos (2009, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016)
  4. Olimpíadas: 3 medalhas de prata (2004, 2008 e 2024)

Como as políticas da CBF influenciaram no futebol feminino?

Anos após a regulamentação do futebol feminino, a CBF passou a exigir que os clubes tivessem um time de futebol feminino. No entanto, apenas em 2019 que a entidade máxima do futebol brasileiro determinou a exigir que os clubes da Série A tivessem um time feminino de futebol em sua grade esportiva.

Além disso, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, anunciou que, a partir de 2027, todas as equipes das quatro divisões do Campeonato Brasileiro terão essa obrigatoriedade.

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