PlayStation 5 é tão veloz que obrigou mudanças no Unreal Engine 5
Uma das novidades dos consoles de próxima geração é a velocidade de comunicação com o armazenamento em SSD.
Um dos grandes trunfos dos consoles de próxima geração é a velocidade de comunicação com o armazenamento em SSD. Segundo a Sony, o sistema do PlayStation 5 consegue fazer isso com taxa de transferência média de 5,5 GB/s, podendo chegar a impressionantes 9 GB/s com uso de chip dedicado para descompressão de arquivos — para ter uma ideia, as máquinas de mesa costumam trocar esses dados com SSD em até 500 MB/s. Esse poder todo obrigou mudanças no novo motor gráfico da Epic Games, o Unreal Engine 5.
"A capacidade de transmitir conteúdo a velocidades extremas permite que os desenvolvedores criem ambientes mais densos e detalhados, alterando a maneira como pensamos sobre o conteúdo transmitido. É tão impactante que reescrevemos nossos principais subsistemas de Entrada/Saída para o Unreal Engine, com o PlayStation 5 em mente", revelou Nick Penwarden, vice-presidente de engenharia da Epic Games.
Segundo o CEO da companhia, Tim Sweeney, ambos o PS5 e o Xbox Series X se beneficiarão dessas vantagens, contudo, os ajustes feitos pela Sony colocam seu console em vantagem no quesito velocidade de comunicação. Embora ambas as máquinas usem SSDs NVMe, a solução sob medida do sistema PS5 ultrapassa até os SSDs mais avançados atualmente disponíveis, que já chegam a 10 GB/s.
Novo console da Sony está próximo de ser anunciado (Reprodução/Lets Go Digital)
O Xbox Series X tenta compensar com potência bruta de processamento de sua CPU. Ainda não se sabe como essa diferença deve afetar a experiência de jogo, especialmente em títulos disponíveis em ambas as plataformas. Certo é que, diferente da atual geração, os pontos fortes e fracos dos novos produtos não serão os mesmos — o que pode gerar uma interessante disputa no mercado.
O registro de certificação do sistema de refrigeração do console de próxima geração da Sony foi revelado nesta quinta-feira (4), pelo site holandês Lets Go Digital. O esquema mostra um microprocessador montado em uma placa de circuito, anexada a uma fonte de alimentação e uma ventoinha, juntamente com um dissipador de calor.
O ventilador manda o ar quente para o dissipador de calor, que em seguida usa a fonte e empurra esse bafo para fora do aparelho, através das saídas laterais e das extremidades do produto. Esse processo, programado de forma meticulosa, é o que permite ao PS5 usar o poderoso processador de oito núcleos Zen 2 e a GPU capaz de rodar 10,3 teraflops.
Vale destacar que o PS5 seria apresentado nesta semana, contudo, devido aos protestos antirracistas que explodiram com a morte de George Floyd, a Sony decidiu adiar o evento para uma data ainda indefinida.