Algoz de equatorianos, Grohe pede Grêmio atento a rapidez do Barcelona

Em 2012, pela Sul-Americana, goleiro brilhou em duelo com time de Guayaquil e tem retrospecto favorável em confrontos pela Libertadores com equipes do Equador

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Adversários nas semifinais da Libertadores deste ano, Grêmio e Barcelona de Guayaquil já decidiram uma vaga em mata-matas de torneio continental. Foi em 2012, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Com duas vitórias - 1 a 0 no Equador e 2 a 1 no Olímpico -, o Tricolor passou de fase, e teve no goleiro Marcelo Grohe uma figura fundamental para atingir o seu objetivo.

No jogo de ida, em Guayaquil, Grohe fez grandes defesas em uma partida na qual o Grêmio atuou quase todo o segundo tempo com um jogador a menos, com a expulsão de Tony, e contou com a sorte, já que levou bola no travessão e viu a defesa evitar um gol em cima. Em Porto Alegre, na volta, ele nada pôde fazer em chute de Mina que abriu o placar, mas a virada em casa garantiu a equipe, na época treinada por Vanderlei Luxemburgo, nas quartas de final.

"Em me lembro de termos conseguido um bom resultado diante de um adversário difícil, que nos atacou bastante, tentou o resultado o tempo todo, com a torcida pressionando. Mas fizemos um bom jogo, com um bom comportamento", recorda o goleiro ao LANCE!.

Fazer a diferença mais uma vez é o que Marcelo Grohe espera em novo embate com os equatorianos, agora valendo classificação à final da Libertadores. Para isso, ele pede atenção a uma característica comum aos times daquele país: a rapidez de seus jogadores.

"Em uma semifinal, você precisa estar atendo a todas as qualidades do adversário, porque um mínimo de desatenção pode custar muito caro. Mas uma característica que acompanha quase todos os times equatorianos é a velocidade. São sempre equipes muito rápidas na transição", avalia.

Pode-se dizer que Marcelo Grohe é um especialista em futebol equatoriano. Das oito vezes em que o Grêmio enfrentou equipes do país pela Libertadores, ele atuou em quatro, com retrospecto de três vitórias e uma derrota.

A "estreia" foi quase sem querer, em 2013, quando o Tricolor encarou a LDU, pela fase preliminar. No jogo de ida, em Quito, o titular Dida se machucou no segundo tempo. Grohe entrou, mas não conseguiu evitar a derrota por 1 a 0.

Na volta, em Porto Alegre, o Grêmio venceu pelo mesmo placar, e a decisão da vaga na fase de grupos foi para os pênaltis. Grohe defendeu a cobrança de Morante e selou a classificação gaúcha.

Para a semifinal deste ano, o Barcelona carrega o rótulo de algoz de brasileiros, por ter eliminado Palmeiras e Santos nos mata-matas. Um retrospecto que não assusta o goleiro de 30 anos.

"Chegar a uma semifinal de Libertadores é sempre complicado, seja qual forem os países dos seus adversários ao longo do caminho. Palmeiras e Santos são equipes fortíssimas e o Barcelona mostrou qualidade para seguir em frente. Estamos prontos para esses duelos", afirma.

Apesar de o foco do elenco treinado por Renato Portaluppi estar na Copa Libertadores e na possibilidade de conquistá-la pela terceira vez, Grohe também acha viável seguir na briga pelo título brasileiro deste ano. O Tricolor ocupa o terceiro lugar, com 46 pontos, nove atrás do líder Corinthians e a um do vice-líder Santos.

"Temos um grupo qualificado, que vem trabalhando muito para manter o nível das atuações. Além de serem duas competições complicadas e equilibradas, estamos chegando na reta final da temporada, o que também influencia no desempenho físico. Vamos seguir com empenho máximo para levar o Grêmio às melhores posições sempre", ressalta o goleiro.

O primeiro duelo entre Grêmio e Barcelona será no próximo dia 25, em Guayaquil, com volta marcada para 1º de novembro, na Arena. A outra semifinal da Libertadores será entre argentinos: River Plate x Lanús.

MARCELO GROHE CONTRA EQUATORIANOS NA LIBERTADORES

23/1/2013 - LDU 1 x 0 Grêmio
30/1/2013 - Grêmio 1 x 0 LDU
2/3/2016 - Grêmio 4 x 0 LDU
13/4/2016 - LDU 2 x 3 Grêmio

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