Se a história se repete, o Santos tem motivos para entrar em campo otimista nesta quarta-feira - quando recebe o Barcelona de Guayaquil (ECU) na Vila Belmiro, às 21h45, pelo jogo de volta das quartas de final - mesmo com dois desfalques no meio de campo. O mais otimista neste caso é Jean Mota, provável substituto do lesionado Lucas Lima.
O meia se apega a uma história bem parecida com a dele, há não muito tempo. Em 2011, no último título da Libertadores do Peixe, o camisa 10 em questão (Paulo Henrique Ganso) também foi baixa nas quartas de final, contra o Once Caldas, da Colômbia, e deu lugar a Alan Patrick.
O reserva imediato da época entrou sob desconfiança e conseguiu dar conta do recado com o gol da vitória santista fora de casa - na volta, empate por 1 a 1 e vaga garantida nas semifinais. Como não poderia ser diferente, o sonho de Jean Mota é bem parecido.
- Seria fantástico fazer um gol tão importante como foi do Alan Patrick. Mas o mais importante é o Santos sair com a classificação. Será uma partida complicada, mas estamos preparados e confiantes para fazermos um grande jogo - conta Jean, em tom ameno, sem deixar as esperanças de lado.
O sonho de Jean não passa pelo só pelo desejo de ficar marcado na história do clube, mas também pela vontade de jogar em sua posição de origem. Reserva do Santos que mais foi exigido na Libertadores (quatro jogos), o camisa 20 tem a primeira chance de jogar em sua posição, já que até então era improvisado na lateral-esquerda.
Junto com as boas esperanças, vem também o peso da responsabilidade em atuar no lugar do líder de assistências da equipe na Libertadores.
- É uma grande oportunidade. Sou meia, então me sinto melhor atuando ali. Mas como eu disse, onde o professor Levir precisar de mim, estarei à disposição. Venho trabalhando forte no dia a dia pra quando essas oportunidades chegarem. Então, se optar por mim no meio, estarei pronto pra ajudar o Santos junto dos meus companheiros - coloca.
Contratado em junho do ano passado, a pedido do ex-técnico Dorival Júnior, Jean chegou à Vila Belmiro para ser mais uma opção para suprir eventuais ausências de Lucas Lima, que na época era chamado para a maioria das convocações para a Seleção Brasileira. No entanto, se destacou como lateral-esquerdo. A primeira chance como meia sob o comando de Levir veio justamento no jogo de ida contra o Barcelona de Guayaquil.
Elogiado pelos companheiros pela potência no chute de perna esquerda, o meia promete oferecer outros atributos para estar à altura de uma decisão de Libertadores.
- Vou procurar dar o meu melhor, seja na técnica ou na raça. Não vai faltar força de vontade durante os 90 minutos. E todos do grupo estão com esse pensamento. Vamos entrar focados toda a partida pra sair com a classificação.
Depois do gol contra o Once Caldas, Alan Patrick não teve tanto destaque em sua passagem pelo Santos e apareceu em clubes rivais, como Internacional, Palmeiras e Flamengo, mas teve papel importante na arrancada para o título. Se puder ser uma pecinha da engrenagem que pode levar o Peixe mais longe nesta Libertadores, Jean não tem dúvidas.