Dudu Monsanto: Libertadores com torcedor ‘raiz’ excluído e dificuldades de Guayaquil ligam alerta para formato
Flamengo e Athletico-PR se enfrentam na decisão da Libertadores no próximo sábado
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A contestada ideia de final única na Copa Libertadores chega à sua quarta edição com o temor de um fiasco de bilheteria. Após passar por Lima (2019), Rio de Janeiro (2020, sem público) e Montevidéu (2021), a decisão em uma só partida desembarca em Guayaquil para definir o campeão de 2022 com baixíssima procura por ingressos.
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Nosso continente é plural, um “condomínio” de vizinhos nas mais variadas situações financeiras. Independentemente se o turista de futebol rico ache que não há o que ver ou fazer em Guayaquil, é totalmente legítimo dar aos equatorianos a chance de sediar o evento. O problema é a falta de infra-estrutura de transportes e hotelaria no continente, que está anos-luz atrás do que os europeus têm à disposição quando viajam para acompanhar a final da Champions League, evento que inspirou a mudança feita pela Conmebol em 2019.
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Para chegar a Guayaquil, o caminho mais econômico (se é que dá pra chamar assim um bilhete de 9 mil reais) foi subir até o Panamá e depois descer até a cidade-sede da finalíssima. Quatorze horas em trânsito (incluindo uma escala interminável de quatro horas) até cruzar a linha de chegada da imigração. Hotel? Nem pensar! Toda a rede hoteleira da cidade está ocupada de quinta até sábado. O jeito vai ser achar casa de família, comprar barraca de camping ou contar com a fraternidade de outros rubro-negros, sejam eles paranaenses ou cariocas. O estádio vazio em Córdoba para a final da Copa Sul-Americana entre São Paulo e Independiente del Valle já deixou o sinal de alerta ligado. É hora da Conmebol repensar o formato. Será que priorizar o business e deixar fora o torcedor “raiz” no momento mais importante da competição é o melhor caminho?
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A discussão fica para 2023. Antes, vamos viver a terceira final seguida de Libertadores entre brasileiros. A campanha quase perfeita do Flamengo (11 vitórias e um empate) e a forma exuberante de Pedro justificam o favoritismo carioca. Só que do outro lado está Luiz Felipe Scolari. O comandante do Penta pode ser o primeiro treinador a vencer a Libertadores por três clubes diferentes. Fernandinho voltou do Manchester City para liderar o grupo e o Athletico tem mostrado sua força nas competições internacionais (as duas Sul-Americanas vencidas em 2018 e 2021 que o digam).
Vai ser bonito, e a gente vai contar esta história pra você no lance com textos diários e vídeos direto do Equador para te deixar bem perto dessa decisão épica. A gente se vê no Lance!
*Dudu Monsanto é jornalista e colabora com o LANCE! na final da Libertadores
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