Quem muito quer, estuda: Flamengo de Renato pagou caro quando não podia
Limitação de ideias do técnico Renato Gaúcho custou caro ao Flamengo na temporada que acaba sem a conquista dos principais títulos nacionais e da Copa Libertadores
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“Quem muito quer, nada tem". Assim resumiu Renato Gaúcho quando a sua equipe sucumbiu à preparação incompetente na reta final da temporada, já afunilada com decisões em três competições. E neste sábado, na final da Libertadores, entre Flamengo e Palmeiras, a limitação de ideias do técnico custou caro e provou que o ideal é: "quem muito quer, estuda". Abel Ferreira assim o fez, e a superioridade tática em boa parte do jogo foi evidente, embora não tão gritante quanto o erro de Andreas Pereira no gol que deu o título ao Verdão no Estádio Centenário, por 2 a 1.
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O Flamengo jogou o segundo tempo da prorrogação no modo aleatório, já conhecido do torcedor rubro-negro que acompanha a equipe do Renato - que sempre se vangloriou por não "estudar". Aliás, a torcida, festiva ao longo de toda a semana, levou um duro golpe com o resultado e empenho do time, que, por vezes, foi apático e nada vibrante. Incompreensível.
Houve poucas cobranças em campo quando situações adversas ocorreram, algo que jogadores cascudos, como Everton Ribeiro na entrevista coletiva de ontem, haviam destacado ser um trunfo do Flamengo. Mas o Rubro-Negro foi insuficiente em todos os quesitos, e nem mesmo o previsto heroísmo de Gabigol salvou um coletivo refém de repertório tático.
O Fla iniciou com o seu quarteto ofensivo no time titular. O Palmeiras encaixotou as peças dos cariocas e só permitiu que Gabi e Bruno Henrique tramassem, por exemplo, na reta final do primeiro tempo. Todos saíram devendo.
No segundo, ocorreu uma melhora, Arrascaeta cresceu em produção, Michael deu amplitude para alargar a numerosa linha defensiva verde, mas logo o Palmeiras voltou para a zona de conforto, quando ambos cansaram. E a vitória saiu com uma falha crassa de Andreas, que já não justificava a sua presença, na prorrogação, na qual nada saiu de produtivo do técnico para mudar o cenário.
A arquibancada optou por apoiar e não demonstrar qualquer insatisfação num jogo que era o "tudo ou nada" da temporada, uma vez que o Flamengo está distante do Brasileiro e já foi eliminado da Copa do Brasil. Mas o termômetro ferveu para o lado do treinador e do clube, que terá que colher os cacos e repensar escolhas para 2022. E as lições a serem tiradas só terminaram em outro país, mas começaram há alguns meses no Ninho do Urubu.
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