Por Yago Rédua
Após testar positivo no exame da USADA (Agência de Antidoping dos EUA) em setembro de 2017, Rogério Minotouro viveu uma batalha para comprovar a sua inocência. No entanto, na segunda-feira (23), o lutador foi absolvido pelo órgão, que comprovou a contaminação dos suplementos. Em entrevista, o meio-pesado, que está apto para lutar, desabafou e contou que foi um de "processo de paciência" durante os últimos meses.
- Foi um processo de paciência, tive que ter bastante paciência neste período. Só tinha que esperar. Cheguei a fazer um post nas redes sociais, alegando a minha inocência e tinha certeza que não tinha tomado nada (de proibido). E nesta segunda-feira, só veio à tona a verdade, que realmente e eles (USADA) me julgaram inocente - apontou Minotouro, afirmando que os lutadores precisam de mais "instruções" por parte da agência que combate o uso de substâncias proibidas, em parceria com o Ultimate.
- Na verdade, eu acho que tem uma falta de informação. O lutador tem que receber muita informação, muito vídeo. Sou a favor de uma instrução maior, com mais informações da USADA. Eles fizeram uma palestra ano passado, sobre os produtos que podem tomar que estão no site, os remédios e tudo mais. Só que o site estava todo em inglês ainda. Eu vejo que os lutadores e treinadores precisam de mais de instruções, um trabalho de conscientização sobre o que lutador pode ou não fazer. É preciso mais cautela e informação, porque foram muitos anos que não tinha (USADA) e agora mudou essa lei de vez. Agora, realmente, é uma reeducação de hábitos - apontou o lutador.
O comunicado da USADA apontou para problemas nas farmácias de manipulação do Rio de Janeiro e São Paulo. Minotouro disse que não sabe que providência vai tomar e que vai apurar melhor o caso. A respeito do retorno ao octógono - tendo em vista que não luta desde outubro de 2016 -, o brasileiro disse que vai se preparar, mas tinha como foco resolver toda essa questão a tempo de lutar no UFC Rio 9, no próximo dia 12.
- Eu fiquei um um pouco parado por causa da suspensão, tinha a esperança de voltar em janeiro, mas como a justiça é lenta acabei desaminando um pouco. Eu queria ter voltado a tempo de lutar no UFC do Rio (12 de maio). Agora, eu tenho que me preparar. Uma coisa é você treinar por treinar, outra é treinar para lutar, o ritmo é muito mais forte - encerrou.
Entenda o caso
Além de Minotouro, Junior Cigano e Marcos Rogério Pezão também foram flagrados nos exames antidoping em 2017, com o uso da substância hidroclorotiazida – diurético proibido pela WADA (Agência Mundial de Antidoping). Ambos recorreram e os suplementos foram encaminhados para um laboratório em Salt Lake City, nos Estados Unidos, que comprovou a contaminação. Nesta segunda-feira (23), a USADA absolveu os lutadores.
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