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15 anos sem Carlson: relembre a vitória história do Gracie sobre Waldemar Santana para 40 mil pessoas no Maracanãzinho

Como uma breve homenagem dos 15 anos sem Carlson, relembre quando ele ganhou o apelido de “O Vingador dos Gracie”, em história retirada do Almanaque Combate/TATAME.

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Carlson Gracie é uma das figuras mais importantes do Jiu-Jitsu e Vale-Tudo (Foto: Marcelo Alonso / TATAME)

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No dia 1 de fevereiro de 2006, há exatos 15 anos, morria um dos maiores nomes das artes marciais, o mestre Carlson Gracie. O ícone do Jiu-Jitsu e Vale-Tudo, responsável por revelar e lapidar grandes talentos do esporte dentro Brasil, ficou internado em um hospital em Chicago, nos Estados Unidos, com doença renal e acabou sofrendo infecção generalizada. Como uma breve homenagem, relembre quando Carlson ganhou o apelido de “O Vingador dos Gracie”, em história que foi retirada do Almanaque Combate/TATAME.

Carlson, o Vingador dos Gracie

Por conta da histórica derrota de Hélio Gracie no início da década 1950 para Waldemar Santana, o “Leopardo Negro”, em uma batalha que durou 3 horas e 43 minutos, a família Gracie quis organizar um duelo entre Carlson Gracie e Waldemar. No entanto, por causa da repercussão negativa que o Vale-Tudo tinha na época, o combate não foi adiante. A imprensa na ocasião, logo após o duelo entre Hélio e Waldemar, classificou a modalidade como “selvageria” e as autoridades proibiram os eventos na Cidade Maravilhosa.

- O então chefe de polícia, o Coronel Menezes Cortes, não queria permitir (a luta entre Carlson Gracie e Waldemar Santana), alegando que seria um duelo de vida ou morte, mas eu o convenci e não proibir. Naquela altura, a luta havia passado a ser uma questão de honra pra mim”, declarou Hélio.

Com a proibição do Vale-Tudo, o duelo entre Carlson e Waldemar foi disputado como uma superluta de Jiu-Jitsu. O confronto, aguardado pelo público no Rio de Janeiro, foi realizado no Ginásio do Maracanãzinho. Para a decepção dos 30 mil torcedores presentes, o confronto não teve um vencedor após dez rounds.

A vitória de Carlson viria apenas no ano seguinte, em 1956, novamente no Maracanãzinho, diante de 40 mil, incluindo a presença do então prefeito Negrão de Lima. A renda ultrapassou 1 milhão e 100 mil cruzeiros, dos quais 70% iriam para o vencedor e 30% para o perdedor. O combate, desta vez, foi sob as regras do Vale-Tudo, após a revogação do veto à modalidade no Rio. Carlson não perdeu a oportunidade, vingou o tio e aplicou um “massacre” em Waldemar, como definiu a imprensa na ocasião. Aos nove minutos do quarto assalto (a luta já tinha 39 minutos), o córner do Leopardo Negro jogou a toalha. O triunfo lavou a alma da família Gracie. Eles se enfrentaram mais quatro vezes, com uma vitória para o Gracie e três empates.

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