Artigo: Dr. Rafael Fonseca explica sobre a suplementação em pacientes que se recuperaram da Covid-19
Em seu novo artigo, o Dr. Rafael Fonseca fala sobre a questão da suplementação em pacientes que se recuperaram da Covid-19 há pouco tempo; leia e saiba mais sobre:
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*A Covid-19 é uma doença infecciosa, causada pelo Coronavírus (SARS-Cov-2) e descoberta no final de 2019 em Wuhan, na China. Em 31 de dezembro de 2019, o país asiático contactou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e informou casos de pneumonia de etiologia desconhecida. No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado no final de fevereiro de 2020.
De acordo com a OMS, a maior parte dos pacientes com Covid-19 (80%) é assintomático, e cerca dos 20% restantes dos casos podem necessitar de atendimento hospitalar por apresentarem dificuldades respiratórias. Desses 20%, normalmente 5% necessitam de suporte ventilatório para o tratamento de insuficiência respiratória.
Dentre os principais sinais e sintomas da doença, destaca-se a febre acima de 37,8°C, tosse, dispnéia, mialgia e fadiga, sintomas respiratórios superiores, sintomas gastrointestinais (náusea, vômito, diarreia), disgeusia e anosmia.
Fazem parte do grupo de risco para a Covid-19 idosos, portadores de doenças cardiovasculares, obesos e diabéticos. O risco para desnutrição desses pacientes aumenta ainda mais devido à real necessidade de internação prolongada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Quando os primeiros pacientes curados do Covid-19 receberam alta dos hospitais, foram orientados a procurar tratamento nutricional para iniciarem sua fase de recuperação pós-hospitalização. Para isso é necessário que existam regras claras a serem seguidas. As diretrizes citadas nesse artigo são baseadas na literatura disponível e, por ainda não existirem evidências científicas, as experiências coletadas pelos profissionais que atenderam pacientes já curados também foram relatadas.
As necessidades energéticas dos pacientes com COVID-19 são altamente influenciadas por seu status fisiológico. Normalmente, o paciente que sofreu com o Covid-19 terá que aportar um maior número de energia/calorias para regular a diferença entre gasto energético e consumo de energia.
Os pacientes que chegam ao consultório e apresentam os seguintes sintomas: perda de peso não intencional, desnutrição, IMC menor que 18,5 e maior que 25 em adultos, fraqueza, quedas, velocidade de caminhada lenta, dificuldades em subir da cadeira para a posição de pé ou dificuldades para subir escadas, pode estar com sarcopenia e o tratamento nutricional indicado é o mesmo usado para tratar pacientes sarcopenicos.
A triagem para o risco de sarcopenia precede o diagnóstico de sarcopenia. O questionário SARC-F é recomendado para a triagem. Este é um questionário contendo cinco seções a serem preenchidas. As respostas são projetadas para transmitir a percepção do paciente sobre a própria força. Pacientes com 4 ou mais pontos têm risco aumentado para sarcopenia.
*Por Rafael Fonseca – Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; Membro Titular da Sociedade Americana de Cirurgiões Ortopédicos; Concluiu Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Atuante nas áreas de Ortopedia e Traumatologia do Esporte e em suas sub-especialidades Cirurgia do Joelho e Nutrologia Esportiva. Atualmente Sócio / Responsável Técnico da Clínica Médica Rodrigues de Souza. Presidente do Conselho Nacional de Boxe e Vice Presidente Mundial da Comissão Médica de Boxe.
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