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Brasileiros buscam melhorar o retrospecto do país na Rússia

Rodrigo Magalhães e Oton Jasse serão os responsáveis por tentar melhorar o retrospecto do Brasil em eventos de luta na Rússia atuando nesta quinta-feira (4) pelo WFCA 53

(Foto: Deive Coutinho/Flash Sport)
O atleta Oton Jasse será um dos brasileiros a entrar em ação nesta quinta-feira (Foto: Deive Coutinho/Flash Sport)

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O retrospecto brasileiro na Rússia não é dos melhores. Só este ano, os brasileiros que lutaram na terra de Vladimir Putin perdem cerca de 75% das lutas disputadas, a maioria contra atletas locais. Mas nesta quinta-feira (4), o Brasil pode diminuir essa desvantagem. O brasileiro Rodrigo Magalhães, que está invicto no MMA, está escalado para encarar Apti Bimarzaev no World Fighting Championship Akhmat (WFCA) 53, em Grozny, na Chechênia.

- Essa será a minha segunda luta na Rússia. Na primeira, pelo M-1, eu empatei. Foi a minha estreia internacional, e confesso que não senti pressão. Eu apenas não consegui mostrar bem o meu trabalho. Existe uma pressão para quem está lutando na casa do adversário, mas eu não senti isso na estreia e espero não sentir agora - disse o atleta da MTK Global.

Rodrigo tem como ponto forte seu jogo de chão. Em nove vitórias no MMA, sete vieram através da finalização. Oriundo da Luta Livre, ele treina com o experiente André Chatuba na RFT e, assim como o professor Chatuba, tem como carro chefe o triângulo de mão.

- A ideia é me movimentar bastante, porque ele é um cara arisco e perigoso na luta em pé. Vou confiar no meu treinamento e tentar impor o meu jogo na luta agarrada. Mas estou preparado em pé também, tenho trabalhado bastante com o Fernando Nonato a minha trocação e estou pronto para atuar em todas as áreas que precisar - avaliou Rodrigo.

Outra fera que estará em ação no card do WFCA 53 é o peso-meio-médio brasileiro Oton Jasse. Dono do triângulo de mão mais eficiente da atualidade no Brasil, segundo ele, o lutador tentará exportar o golpe para as sempre hostis terras russas, onde vai encarar o anfitrião Khusein Khaliev, que venceu 18 das 19 lutas que disputou na sua carreira.

- Fui chamado de última hora, com dez dias se eu não me engano. Sei que o meu oponente é um cara duro, um checheno. Geralmente ele costuma dominar o adversário por completo, sem dar brechas. É um cara forte, explosivo, mas o estilo dele não casa com o meu. Acho que ele vai se perder um pouco, pois sou mais alto e mais forte do que ele - destacou o atleta.

- A gente veio sabendo que é uma guerra, esperando o pior em questão de adaptação, como fuso horário, alimentação durante a perda de peso, etc., mas estou pronto para sair na mão e voltar para o Brasil com a vitória.

Quem acompanha a carreira do lutador da TFT sabe que ele não costuma vacilar quando a luta chega no solo. Das suas 17 vitórias, 15 foram por finalização, 13 delas por triângulo de mão ou katagatame. Apesar disso, sua origem é no Muay Thai, o que faz com que ele possa definir o combate independentemente da estratégia que o russo queira oferecer.

- Venci todas as seis lutas de Muay Thai que fiz, mas no MMA sempre me destaquei no solo. Isso porque eu não sabia nada de chão, então desde que decidi migrar para o MMA eu foquei em treinar luta agarrada, pois tinha consciência de que precisava melhorar para ter uma carreira consistente. Fui pegando os ajustes nos treinos, encaixando as posições e finalizando as lutas. Mas ele não tem que temer apenas o meu chão, não, até porque minha estratégia é vencer, não importa como - garantiu o brasileiro.

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