Com aulas nas redes sociais, faixa-preta cita estratégia para manter negócio em meio à pandemia

Com sua academia fechada por conta da pandemia do coronavírus, faixa-preta de Jiu-Jitsu fala sobre as estratégias que traçou para manter seu negócio e seus alunos em forma

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Por conta da pandemia global causada pelo coronavírus, atletas e professores de Jiu-Jitsu se viram em uma situação jamais vista anteriormente, já que a recomendação das autoridades foi de evitar a aglomeração de pessoas e, consequentemente, o fechamento das academias. Diante disso, os praticantes de artes marciais estão tendo que se reinventar a novos meios, como treinos em casa e aulas online, através de transmissões ao vivo ministradas por professores.

É, particularmente, o caso de Pedro Borges. Formado em Educação Física, o faixa-preta de Jiu-Jitsu possui uma academia no Rio de Janeiro e, em razão do fechamento do seu estabelecimento, vem utilizando as redes sociais para manter suas aulas e, logicamente, seus alunos com o condicionamento físico em dia, como explica a seguir.

- A minha academia, fisicamente, fechou 100%, ninguém entra mais. Num primeiro momento, temos que respirar fundo e pensar no que fazer, porque assim como no Jiu-Jitsu, na hora do sufoco, é a hora de manter a cabeça calma, traçar uma estratégia, e é isso que estou fazendo nos últimos 40/50 dias. O Jiu-Jitsu é um esporte de contato, então as pessoas sentem falta mais daquela liberação de endorfina, do que o treino técnico. Como também sou formado em Educação Física e preparador físico de atletas de Jiu-Jitsu, eu criei na minha rede social um mecanismo. Tenho duas redes sociais, da minha academia e a minha rede pessoal/profissional, e nela eu criei uma lista de ‘melhores amigos’, e ali eu mando treinos exclusivos para quem está nessa lista e cobro um preço simbólico. Essa ação está dando muito certo, as pessoas estão aderindo bastante. Desenvolvi um link vinculado à minha conta, e as pessoas clicam no link e já fazem o treinamento, que é uma preparação física voltada ao Jiu-Jitsu. As pessoas vão continuar mantendo o condicionamento físico delas, esperando o dia em que elas vão poder voltar a treinar, e nesse treino de preparação física, são liberados os hormônios que fazem bem para o corpo.

Tenho uma academia, de fitness, e eu também desenvolvi algo para esses alunos. No começo eles foram relutantes, mas depois eles foram se adequando, até porque fizemos uma coisa bem legal. Eu foquei nos meus alunos e faço no Instagram, todos os dias, uma Live com eles, com horário determinado, e eles fazem o treino comigo. A gente interage, eu fico conversando com eles através da live e aproveitamos para fazer o treino juntos. Como não há outra opção, as pessoas foram se adequando, assim como eu. Lógico que eu precisei ter uma redução na minha mensalidade, mas é melhor pingar do que secar, e eu estou trabalhando muito nisso, já que minha academia está fechada - contou Pedro, que falou sobre a importância da realização dos treinos em meio à quarentena.

- É preciso manter a mente calma. Se não tem uma solução imediata para tudo isso que está acontecendo, para essa pandemia, para que vou me estressar? Estou tentando fazer o meu melhor e as pessoas estão percebendo isso, por isso estão comigo e estamos conseguindo desenvolver um bom trabalho. É uma maneira de você continuar em casa, mas sem deixar de manter o físico e fazer os exercícios, que são importantíssimos para a nossa saúde, ainda mais num período como esse - encerrou.

Para saber mais sobre o trabalho de Pedro Borges ou até mesmo fazer parte de suas aulas, siga @flashfitrecreio ou @pedroborges100 no Instagram.

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