Realizado no último final de semana, o São Paulo Open da CBJJ - um dos campeonatos nacionais mais prestigiados do Jiu-Jitsu - foi especial para Rogério Padovan. O faixa-roxa provou, mais uma vez, que os desafios do dia a dia, como a rotina de médico, não influenciaram em sua preparação para o torneio, onde foi campeão pelo segundo ano consecutivo.
- No ano passado, eu ganhei o mesmo campeonato (o São Paulo Open), onde fui ouro na categoria (até 88kg) com quimono, e esse ano eu caí numa chave de três lutas. Ganhei bem o primeiro duelo, por 8 a 0, e na semifinal, eu peguei o atual campeão brasileiro e mundial e por apenas uma raspagem, eu acabei perdendo a luta e fiquei com o bronze. Na disputa sem quimono (até 91kg), eu fui campeão - resumiu o "Dr. faixa-preta".
Apaixonado pela medicina, Padovan possui o seu próprio núcleo em medicina especializada em São Paulo, que abrange médicos, nutricionistas e fisiologistas. Além disso, é praticante de diversas artes marciais, e além do Judô, Caratê e Boxe, adicionou o Jiu-Jitsu em sua vida, onde atualmente é faixa-roxa da arte suave. Com mais um título em seu currículo, Rogério falou sobre sua preparação para o SP Open e projetou participação no Sul-Americano, que acontece no mês de novembro.
- É um campeonato bem difícil, é o terceiro maior campeonato do Brasil, de acordo com a CBJJ. A minha preparação foi bem dura, sou um cara que treina de forma muito intensa, em alto rendimento, estou fazendo preparação e fortalecimento. Mas é muito difícil conciliar a vida de pai, família, trabalho praticamente 10/12h por dia e no final do dia eu treino Jiu-Jitsu. Precisa ter muita dedicação, a mente blindada. Na verdade, o mais difícil não é nem conciliar com o trabalho, mas com as lesões. Lutar depois dos 40 anos em alto rendimento é muito complicado, porque as lesões vêm e acabam com a gente. Mas com mente blindada e fortalecimento, a gente supera. Meu próximo desafio, sem dúvida, é o Sul-Americano, em novembro, se eu não estiver com lesão, eu vou para ser campeão. É muito interessante, como médico, nessa área de alto rendimento/emagrecimento, eu provar que é possível com 40 anos de idade. Na prática, a teoria é outra, então é muito importante você saber passar a parte científica para o seu paciente e saber o que está realizando na prática - concluiu.