Uma das grandes promessas da equipe Atos Jiu-Jitsu, Jhenifer Aquino foi graduada à faixa-preta pelo multicampeão mundial e do ADCC André Galvão no final do ano passado. Em apenas quatro meses na nova graduação, ela faturou cinco medalhas de ouro em dois campeonatos realizados nos Estados Unidos, o Los Angeles Open da IBJJF, onde faturou a categoria, e o Boise Open da IBJJF, evento em que foi campeã peso e absoluto com e sem kimono. Campeã Mundial e do Pan-Americano em 2021 na faixa-marrom e com um início avassalador na faixa-preta, ela já desponta como uma das favoritas ao pódio das principais competições da arte suave.
“Eu recebi a faixa-preta em dezembro. O momento foi bem emocionante pra mim. Eu sentia que já estava pronta para ser graduada à faixa-preta porque já tinha conquistado os dois maiores títulos na faixa marrom. Esse início na faixa-preta está sendo ótimo, mas eu quero me desafiar com as atletas que estão no topo das competições. Nunca desmerecendo as meninas que lutei, pois elas são muito boas e habilidosas, mas eu sempre quero me desafiar mais. Meu objetivo é ganhar o Pan e o Mundial, agora na faixa-preta. Eu treino para conquistar os principais títulos. Se eu não acreditar em mim mesmo, é melhor nem ir lutar. Se você busca coisas grandes, você sempre tem que acreditar no seu potencial”, disse Aquino, que luta na categoria peso-galo.
Nascida em São Paulo, Jhenifer Aquino, de 27 anos, começou a treinar aos 15 anos por influência de sua irmã gêmea Thamires Aquino. Depois de receber a faixa-azul, ela deu um tempo nos treinamentos para terminar a faculdade de veterinária e só retornou aos tatames em 2017. Em dezembro de 2016, ainda de faixa azul, ela decidiu se mudar para os Estados Unidos junto com o seu marido, Matheus Gonzaga, e começou a treinar na academia do campeão mundial Bernardo Faria em Massachusetts, onde foi graduada à faixa-roxa. Em 2019 ela decidiu junto com o seu marido se mudar para San Diego para treinar na academia Atos, liderada por André Galvão.
“Comecei no Jiu-Jitsu a convite da minha irmã. Comecei a treinar e gostei, mas parei por alguns anos por conta da faculdade. Vim para os Estados Unidos no final de 2016 e, em 2017, voltei a treinar sério. Em 2018 recebi a faixa-roxa das mãos do meu marido e do Bernardo Faria. No ano seguinte decidi que realmente queria ser uma atleta profissional e foi quando me mudei para San Diego para treinar na equipe Atos. No mesmo ano, em 2019, faturei o bronze no Mundial na faixa-roxa. No ano seguinte fui campeã do Pan e recebi a faixa-marrom. Em 2021 conquistei o Pan e o Mundial de marrom e a tão sonhada faixa-preta chegou. Vou continuar treinando forte e espero continuar conquistando títulos importantes na minha carreira”, concluiu Jhenifer.