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Faixa-preta revela como o Jiu-Jitsu a ajudou a superar o trauma de duas agressões físicas; confira

Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, a hoje faixa-preta Renata Marinho conheceu o Jiu-Jitsu após passar por dois traumas em sua vida; confira a entrevista completa: 

(Foto: Divulgação)
imagem cameraRenata Marinho falou sobre superação e início da sua trajetória na arte suave (Foto: Reprodução)
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Lance!
Uberlândia (MG)
Dia 19/05/2020
09:23

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Por Diogo Santarém 

Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, a hoje faixa-preta Renata Marinho conheceu o Jiu-Jitsu após passar por dois traumas em sua vida. Em entrevista à TATAME, a lutadora contou sobre o período difícil, ressaltando a importância da arte suave em sua volta por cima.

- Eu sofri com muita agressão física do meu primeiro namorado, e depois que terminei, meu segundo namorado tentou me matar, então precisei dar um ‘sumiço’, pois estava sendo perseguida. Quando tudo acalmou, procurei a academia mais perto de casa, eu já tinha feito Muay Thai, gostava de artes marciais, e lá conheci o Jiu-Jitsu. Foi quando tudo começou a mudar - relembrou Renata, que seguiu: - O Jiu-Jitsu mudou a minha vida. Trouxe valores que eu tinha perdido como autoconfiança, autoestima, força e coragem -.

Desde então, Renata acumulou títulos na arte suave, sendo campeã mundial e do Brasileiro, entre outras importantes vitórias nas faixas coloridas. Porém, segundo ela, não foi suficiente para afastar julgamentos.

- Na época (das agressões) eu já praticava Muay Thai, mas mesmo assim não seria capaz de reagir. Quando tudo acontece, é inexplicável, e ninguém tem o direito de julgar o motivo de eu ter feito isso ou aquilo, uma vez que não estava na minha situação. Convivi muito tempo com os julgamentos - desabafou a faixa-preta.

Pedido de união entre as mulheres

Se o Jiu-Jitsu feminino tem crescido, com mais mulheres competindo e algumas premiações iguais para o masculino e feminino, a união entre elas ainda é algo que pode – e deve – melhorar na opinião de Renata.

- Começa pelos treinos, as meninas precisam se unir, mas quando digo unir, eu quero dizer na prática, e não somente em palavras. Precisamos de mais meninas juntas, entender que o mérito de uma não diminui o da outra, e que isso é fundamental para melhorarmos os treinos entre mulheres. Nos torneios podemos perceber o aumento do número de meninas interessadas em competir, estamos indo no caminho certo, mas ainda tem muito pela frente - afirmou a mineira, representante da equipe Alliance.

- O Jiu-Jitsu me deu direcionamento, eu sou feliz com o que faço. Gosto de acordar todos os dias e batalhar pelas minhas coisas, sem esperar nada chegar até minhas mãos. Tenho como projeto me aperfeiçoar sempre nas competições, buscando minhas metas e levando melhorias para os meus alunos. Quero muito estar perto dos meus alunos, acompanhar toda a evolução deles, dentro e fora dos tatames - finalizou.

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