Homenageado em Curitiba, treinador da Chute Boxe analisa lutas de Jennifer e John Allan, e projeta 2021: ‘Planos são grandes’
Treinador da Chute Boxe em Curitiba, Ed Monstro recebe homenagem da prefeitura da capital paranaense e avalia lutas de Jennifer Maia e John Allan em 2020, além de fazer uma projeção para o próximo ano; veja mais
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Professor da Chute Boxe em Curitiba e responsável por auxiliar nomes de destaque do MMA, como Jennifer Maia e John Allan, lutadores do UFC, Ed Monstro foi homenageado na última quarta-feira (9) pela Prefeitura de Curitiba por conta de seus trabalhos em projetos sociais e méritos esportivos, levando o nome da capital paranaense a diversos lugares do mundo por meio dos seus atletas. Professor de Jiu-Jitsu, Muay Thai e MMA, o experiente profissional falou com alegria sobre a grata surpresa.
- Há alguns anos faço parte de projetos sociais, como no Parolin, uma comunidade daqui. Tenho um aluno especial, que há um tempo está comigo e trabalho com ele. Faço alguns trabalhos voluntários e sociais, que em parceria com algumas pessoas que me levaram aos projetos, renderam frutos. Meninos que saíram do mundo das drogas, e trabalhos como esse que desenvolvi com o menino especial, que teve uma grande melhora de vida… Coisas que são gratificantes. Uma parte da homenagem foi de Honra ao Mérito, por estar levando o nome de Curitiba ao mundo inteiro através dos meus atletas. Foi uma honra e um momento de extrema felicidade e gratidão -.
Atleta de Ed Monstro, Jennifer Maia viveu um grande momento de sua carreira este ano ao disputar o cinturão peso-mosca do UFC em novembro, diante da campeã Valentina Shevchenko. A vitória, após cinco rounds de combate, não veio, mas o bom desempenho da curitibana traz satisfação e motivação visando os próximos desafios dentro da organização.
- Esse ano, apesar da pandemia, foi muito bom para nós, de crescimento, com a Jennifer disputando o cinturão. O resultado que a gente esperava não veio, porque a gente trabalhou para ganhar. Mas não podemos tirar os méritos da campeã, que mesmo eu sabendo que ela é rápida, um pouco dos movimentos dela me surpreendeu, a forma que ela se movimentava, para frente e para trás, isso dificultou na hora da luta. Mas foi um resultado muito positivo, porque nas últimas lutas ninguém tinha dado trabalho para a Valentina, e a gente assustou durante algum tempo na luta. No quinto round, que foi o melhor assalto da Valentina, nós tivemos que ir para o tudo ou nada, precisávamos buscar o nocaute ou finalização, por ter perdido três rounds e vencido um. A Valentina se aproveitou disso. Mas uma coisa positiva é que a Valentina usou toda a força e nós terminamos a luta de pé. Sabemos que vamos precisar trabalhar mais, melhorar algumas coisas e ter uma ‘estrela que brilhe’ no dia, quem é atleta sabe que isso é fundamental - analisou o treinador.
Quem também entrou em ação recentemente foi John Allan. Fazendo seu retorno ao octógono do Ultimate após um longo período sem lutar, o atleta teve pela frente o invicto Roman Dolidze e foi derrotado na decisão dividida dos jurados. Apesar do revés, a atuação do lutador meio-pesado foi elogiada, tendo em vista a lesão sofrida no joelho ainda no primeiro assalto do confronto.
- A lesão foi fundamental para o resultado. Não estou menosprezando o adversário, que é bom, mas na minha opinião, a chave de pé pode ter magoado o joelho, e quando ele voltou em pé, pode ter sentido essa lesão. Faltavam três minutos para terminar o primeiro round e, no intervalo do primeiro assalto, ele falou que tinha sentido a lesão no momento em que deu um direto, dizendo que o joelho tinha saído do lugar e voltou. Falei para ele buscar o nocaute até o final, mesmo na dificuldade. Acho que ele se superou na parte mental, se mostrou um guerreiro, porque ele lutou 70% do combate com ‘uma perna só’ e quase nocauteou no último round. Pela luta e pela lesão, foi satisfatório, porque ele terminou o combate indo pra cima do adversário, que estava inteiro - disse Ed, que por fim, disse o que espera da sua equipe para o ano de 2021.
- Os planos da equipe para 2021 são grandes. Vejo que toda equipe tem altos e baixos. Tivemos um ponto alto esse ano e não considero que teve um ponto baixo, mas um momento que faltou ‘estrela’. Esse ano, tivemos um evento em Curitiba, onde colocamos oito atletas em ação e sete saíram com a vitória. Tivemos 15 lutas na pandemia e vencemos 11. Foi um ano positivo, mas 2021 tem tudo para ser melhor. Estou com um projeto voltado a outros atletas, não num futuro tão breve, mas trabalhando gradativamente, com humildade, quero que eles cheguem ao UFC. A humildade é o alicerce de tudo. Se eles me escutarem e trabalharem, 2021 vai ser um divisor de águas para tudo - concluiu.
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