Lipski reclama de vaias e adversária no UFC SP: ‘Quis vencer na falcatrua’
Em ação no último sábado (16), no UFC São Paulo, brasileira teve boa atuação e derrotou a estreante Isabela de Pádua por decisão unânime, mas ficou na bronca com a rival
Por Mateus Machado
Após amargar duas derrotas em sequência, Ariane Lipski, enfim, emplacou sua primeira vitória no Ultimate. Em ação no último sábado (16), no UFC São Paulo, a brasileira teve boa atuação e derrotou a estreante Isabela de Pádua por decisão unânime dos jurados. No entanto, apesar da alegria pelo primeiro triunfo, a peso-mosca “ficou na bronca” com sua adversária.
Inicialmente, Ariane enfrentaria Verônica Macedo no evento, todavia, a venezuelana precisou ser retirada do card. Com isso, a organização escalou Isabela de Pádua na véspera do confronto. A paulista, entretanto, passou por dificuldades no corte de peso e ficou 2kg acima do limite permitido. O fato irritou Lipski, que em entrevista aos jornalistas após o confronto, citou como “antiprofissionalismo” o caso envolvendo sua rival.
- Para essa luta, eles mudaram a minha adversária quatro vezes durante o camp. Na quinta-feira à noite, eu já estava no peso, mas não sabia se iria acontecer a luta ou não porque a Verônica Macedo estava com sintomas de concussão na cabeça. A Isabela mentiu sobre o peso e tirou a vaga de uma outra atleta, que estava disposta a bater o peso. Na quinta-feira, eu estava no peso, e ela ficou 2kg acima. O UFC me deu duas opções: não aceita a luta, pega a sua bolsa, vai para casa, mas não sabemos quando você vai lutar de novo ou aceita a luta, pega 30% da bolsa da Isabela, mas saiba que ela vai estar mais pesada que você. Então, eu me preparei por quatro meses, eu e meu treinador viajamos para os Estados Unidos, treinei com atletas de alto nível lá e aqui no Brasil também. Evoluí muito e queria mostrar tudo o que treinei. Minha família e amigos vieram me ver, então não podia deixar passar essa oportunidade. Procurei vencer a luta do início ao fim, mas não queria fazer algumas coisas arriscadas. Precisava garantir meu contrato porque eu vinha de duas derrotas e só tinha mais duas lutas. Fiz uma luta segura - disse Lipski, que continuou.
- O antiprofissionalismo (irritou). A primeira obrigação do atleta é bater o peso. Ela tirou a vaga de uma outra atleta, que estava disposta a fazer isso. Ela quis vencer a luta na falcatrua, por exemplo, falando que iria bater o peso, na vantagem por estar mais pesada. Não me irritou muito, mas não é uma coisa certa, entendeu? Não é uma coisa que ganhe o meu respeito. Ganha quando é uma atleta profissional, assim como eu sou. Sempre bati o peso, sempre fui testada, estava nos horários, fiz a minha parte - afirmou.
Por fim, Ariane também respondeu sobre a polêmica de ter “batido” ou não em uma tentativa de finalização da sua oponente: - A galera achou que ela me finalizou, mas gente, não existe finalização naquela posição. Eu estava tentando me movimentar, olhei para o meu córner para ele me orientar para qual lado eu deveria sair. Ela pegou o meu braço, mas não estava esticando, eu estava tentando juntar mão com mão, então, em nenhum momento eu senti alguma coisa. Estava segura do início ao fim da luta. Em nenhum momento (dei os três tapinhas). Eu estava o tempo todo consciente, podem voltar e ver que eu estava tentando fechar a minha mão. Em nenhum momento eu pensei em bater ou me senti em risco nessa luta - concluiu a atleta.
Confira a entrevista completa com Ariane Lipski: