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Lutador acusa Nação Cyborg de retirá-lo de torneio injustamente e empresário promete recorrer; veja

Atleta João Paulo considera que foi retirado injustamente do evento curitibano Nação Cyborg e empresário do lutador promete que vai recorrer na Justiça; entenda o caso:

(Foto: Divulgação)
imagem cameraJoão Paulo Santos foi retirado de semifinal do GP peso-galo do Nação Cyborg (Foto: Marcio Valle)
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Lance!
Curitiba (PR)
Dia 14/12/2020
14:50

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O evento curitibano Nação Cyborg está promovendo um torneio entre pesos-galo que dará ao vencedor um contrato com o Bellator. Entretanto, um dos atletas classificados para a próxima fase da competição foi pego de surpresa na semana passada, quando viu seu nome fora do evento que abriga as semifinais, adiado para março devido à pandemia da Covid-19.

João Paulo Santos, 28 anos, venceu Aleandro Caetano por decisão dividida na primeira fase do torneio, em outubro deste ano, mas foi retirado da disputa por ter lutado outro evento, o Shooto Brasil, no último dia 3, quando venceu Robson Pontes da Cruz por nocaute técnico no segundo round.

- Foi uma surpresa muito desagradável, eu realmente não estava esperando por isso. Quando vi que divulgaram as chaves da semifinal e o meu nome não estava, eu fiquei bastante chateado, porque avisei a eles que lutaria no Shooto, e eles disseram que eu sairia do torneio caso perdesse, mas eu não perdi", revelou João Paulo. "Lutei no Shooto porque a semifinal seria somente em março. Me mudei recentemente de Curitiba para o Rio de Janeiro e estava precisando de dinheiro para me manter. Inclusive, pagar os custos que tive na minha preparação para o Nação Cyborg, que não me pagou passagens, hospedagem e nem mesmo alimentação, e a bolsa foi só de R$ 300 - desabafou o lutador.

Empresário de João Paulo, Stefano Sartori contestou a decisão do Nação Cyborg.

- Situação injusta e extremamente desagradável - classificou o manager. - Infelizmente, o maior prejudicado em toda essa situação é o atleta, que é o elo mais fraco na relação com o evento e, por uma decisão sem base jurídica alguma e totalmente desprovida de senso moral, está vendo sua chance de lutar internacionalmente ser tirada covardemente no tapetão -.

De acordo com Sartori, não há contrato assinado por parte do atleta que garanta exclusividade ao Nação Cyborg: - Inclusive, solicitamos ao evento o envio de documento assinado pelo atleta que desse exclusividade ao evento, e até agora estou esperando o anexo. Por essa razão, essa substituição é absolutamente incorreta e sem respaldo jurídico", alega. "Vamos recorrer à justiça para corrigir isso. Gostaria de ressaltar também que o atleta em momento algum deixou de cumprir os seus compromissos com o evento. Além disso, ele está preparado e sem nenhuma lesão que o impeça de lutar a semifinal. A substituição foi decidida de forma unilateral pelo evento, que sequer nos procurou antes de tomar a decisão, soubemos pela mídia -.

O empresário também ressaltou que a luta no Shooto Brasil foi essencial para que João Paulo conseguisse pagar suas contas, tendo em vista que lutador de MMA só recebe quando luta, e que a única motivação de participar do torneio do Nação Cyborg é a possibilidade de garantir um contrato com o Bellator.

- O Nação Cyborg não custeou os gastos com passagem nem hotel, e o valor da bolsa era irrisório, o que obrigou o atleta a investir financeiramente para poder sair do Rio de Janeiro e participar do evento em Curitiba. É lamentável, é absolutamente imoral você pagar um valor de bolsa que não equivale sequer a meio salário mínimo, marcar a semifinal para cinco meses depois das quartas de final e ainda exigir que um atleta profissional não possa exercer sua profissão, sem ter sequer um contrato de exclusividade firmado com o atleta. É lamentável que o amadorismo e a falta de bom senso ainda seja absolutamente comum no nosso dia a dia; mas pode ter certeza que vamos recorrer dessa decisão e se a justiça for feita o João Paulo volta ao GP - promete o manager.

A reportagem buscou contato com o evento Nação Cyborg, mas não obteve sucesso.

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