Mãe faixa-preta introduziu Vicente Luque nas lutas: ‘Já treinei com ela’
Atleta entra em ação no UFC Brasília e comemora luta na cidade onde foi criado: 'Especial'
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Nascido em New Jersey (EUA), filho de mãe brasileira, pai chileno e criado em Brasília. Vicente Luque tem raízes variadas, mas uma delas abriu o caminho para que ele se tornasse lutador de MMA. Antes do UFC Brasília, que acontece neste sábado, onde encara Hector Urbina, o atleta lembra o ingresso no mundo das lutas inspirado na mãe, ex-lutadora de caratê.
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Aos seis anos, quando chegou em Brasília, Luque já treinava caratê desde os três, incentivado pela mãe, Maria Aparecida Catta, que é faixa-preta de caratê. Ele lembra que anos depois chegou a graduar a mãe no muay thai, retribuindo o favor.
- Meu contato com lutas começou cedo. Minha mãe me colocou no caratê quando tinha três anos, no Brasil treinei até os dez. Depois parei de treinar caratê, pois não queria mais, fiz futebol em outras escolas, mas com 15 anos comecei a querer treinar muay thai. Procuramos uma academia e comecei a treinar e competir. Com 16 comecei no jiu-jitsu e dali fui para o MMA. Depois de um tempo, ha três anos, minha mãe começou a treinar muay thai. Temos um sparring na graduação e eu a graduei. Já treinei com ela, sim. Pego leve, mas sempre tentando cansá-la. Dá pra ver que todos esses anos de caratê fazem diferença na experiência dela - afirmou o lutador, em conversa por telefone.
Atleta da Cerrado MMA, Vicente atualmente alterna sua vida entre Brasília e Boca Raton, Flórida (EUA), onde faz treinos também na Blackzilians. A chance de lutar na cidade onde cresceu mais uma vez empolga o lutador.
- É uma oportunidade incrível lutar em Brasília. Já lutei bastante aqui, umas quatro ou cinco vezes, mas no maior evento do mundo é muito mais especial. Eu meio que vejo essa luta como agradecimento, quero ir lá, dar tudo o que tenho para todo mundo. Não nasci lá, mas é como se fosse minha cidade. É muito especial - garantiu.
Confira um bate-papo com Vicente Luque
Quais as dificuldades você enfrentou no início da carreira?
O que sentia mais era a falta de visibilidade no Brasil. Os maiores eventos estão fora do Brasil. A falta de apoio era difícil. Hoje tem melhorado muito, mas ainda falta muito apoio. Essas são as duas maiores dificuldades que senti. Inclusive, a partir do momento que vim para Flórida, como consegui treinar mais e ser mais visto nesse ambiente, viram que eu era um talento e entrei no The Ultimate Fighter. Fui para lá e isso me permitiu que eles me vissem. No Brasil falta visibilidade. Tem que lutar muito mais que os outros brasileiros para chamar atenção.
Qual foi a a reação da sua família quando você começou a lutar MMA?
Meu pai jogou a vida inteira rugby. Ele ficava feliz por eu viver do esporte, mas sempre ficou bem preocupado, sempre falou que era perigoso, mas foi vendo que eu me dedicava bastante e podia me dar bem.
Como são seus treinos?
Hoje em dia represento a Cerrado MMA, equipe que comecei em Brasília e Blackzilians. Durante o ano, passo metade lá na Flórida e metade em Brasília. Quando não tenho luta fechada, fico em Brasília. Quando fecha, eu me planejo e faço a primeira parte, quatro semanas em Brasília e as últimas seis na Flórida na parte final. Divido meu treinamento assim. Nos EUA tenho mais material humano para treinar sparring.
Confira as lutas do UFC Brasília:
Cris Cyborg x Lina Lansberg
Renan Barão x Phillipe Nover
Antônio Pezão x Roy Nelson
Francisco Massaranduba x Paul Felder
Thiago Marreta x Eric Spicely
Godofredo Pepey x Mike de La Torre
Card preliminar
Michel Trator x Gilbert Durinho
Rani Yahya x Michinori Tanaka
Jussier Formiga x Dustin Ortiz
Erick Silva x Luan Chagas
Alan Nuguette x Steven Ray
Vicente Luque x Hector Urbina
Glaico França x Gregor Gillespie
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