Professor de projeto social de Aldo afirma: ‘O esporte transforma vidas’

Por Mateus Machado

Cria de um projeto social, Matheus Naccache desenvolveu suas habilidades na luta em pé graças às atividades oferecidas no núcleo onde treinava e, hoje em dia, "retribui" os ensinamentos na Escola de Lutas José Aldo, onde é professor de Muay Thais para jovens de 06 a 16 anos.

Além da experiência adquirida no Muay Thai e Kickboxing, Matheus também se aventurou no MMA, onde fez seis lutas. No entanto, a paixão pela luta em pé e o convite para ministrar aulas de Muay Thai na Escola de Lutas José Aldo fez o lutador voltar às suas origens, considerada também sua grande paixão, como conta a seguir.

- Hoje em dia, estou mais no Kickboxing e no Muay Thai, porque as portas se abriram muito para mim no Kickboxing. No MMA, eu parei de treinar um pouco o chão e o Wrestling, mas pintando a oportunidade, eu volto. Mas meu foco, no momento, é o Kickboxing e o Muay Thai, que é onde venho tendo oportunidades e a minha grande paixão, que é a luta em pé - disse o atleta.

Confira a entrevista completa com Matheus Naccache:

- Trajetória no mundo da luta

Eu sempre gostei de luta, sempre assisti aos eventos, até que um dia um amigo meu foi treinar Muay Thai em uma academia do Grajaú e me chamou para treinar com ele. Comecei a treinar no projeto social e me apaixonei. De início, fui treinar para conhecer, aprender, mas depois eu fui tomando gosto e fui treinando mais sério. Fui treinando, competi pela primeira vez no amador, aos 15 anos, lutei, venci e gostei muito. Lutei os eventos da Confederação, da Liga Carioca e fui progredindo aos poucos, até me profissionalizar e viver do Muay Thai. Vivo dando aula em academias e vivo como atleta também, no Muay Thai e no Kickboxing. Comecei sem a intenção de me profissionalizar, mas aos poucos foi dando tudo certo.

- Lutas no MMA e volta ao Muay Thai/Kickboxing

Em relação ao MMA, eu sou da Nova União... Comecei a treinar e lutar Muay Thai, só que tinha pouco evento, poucas oportunidades, então eu migrei para o MMA, porque eu gostava de luta, queria ser um atleta, viver da luta e vi que o MMA era o que estava dando retorno e visibilidade. Fiz seis lutas de MMA. Hoje em dia, estou mais no Kickboxing e no Muay Thai, porque as portas se abriram muito para mim no Kickboxing. No MMA, eu parei de treinar um pouco o chão e o Wrestling, mas pintando a oportunidade, eu volto. Mas meu foco, no momento, é o Kickboxing e o Muay Thai, que é onde venho tendo oportunidades e a minha grande paixão, que é a luta em pé.

- Trabalho na Escola de Lutas José Aldo

Na Escola de Lutas José Aldo, faço parte de um projeto social no qual tive a honra de receber esse convite para ministrar aulas de Muay Thai para crianças de 6 a 16 anos. Toda terça e quinta estou lá, tentando ensinar um pouco do que aprendi, não só de luta, mas experiência de vida também... Passar para os jovens o que é certo, o que é errado, o caminho que elas podem seguir no esporte. Nem todos, talvez, sejam lutadores, mas só de estar ali aprendendo uma coisa nova, já é muito importante, então eu tive essa responsabilidade. Sou muito feliz trabalhando ali, porque é muito gratificante trabalhar com as crianças.

- Importância de um projeto social para jovens de comunidades carentes

É importantíssimo esse investimento no esporte para as crianças carentes. Eu, como vim de um projeto social, sei bem como é e como é importante, e a mudança que isso causou na minha vida. Eu vim de um projeto social e hoje eu vivo do Muay Thai, vivo do que aprendi no projeto social. Essa é a importância, porque as crianças não tem oportunidade, mas veem no esporte uma chance de crescer na vida. É só ver o próprio José Aldo, que saiu de Manaus e hoje é conhecido no mundo todo, é um grande vencedor. O esporte salva e muda vidas.