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Reinaldo Ekson mantém cinturão e Junior Dedinho vence em evento de MMA na África

Atletas da Pitbull Brothers lutaram no último sábado (4) no EFC Worldwide, em Joanesburgo<br>

Reinaldo Ekson finalizou seu adversário e manteve o cinturão dos penas da organização
imagem cameraReinaldo Ekson finalizou seu adversário e manteve o cinturão dos penas da organização (Foto: divulgação)
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Lance!
Natal (RN)
Dia 07/12/2021
11:14

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A equipe Pitbull Brothers contou com três representantes no Extreme Fighting Championship Worldwide (EFC) 91, maior evento de MMA da África, que aconteceu no último sábado (4) em Joanesburgo, na África do Sul. Fazendo a luta principal da noite, Reinaldo Ekson derrotou August Kayambala por finalização e manteve o cinturão peso-pena da organização. No mesmo evento, o macaibense José Maurício da Rocha Júnior, o “Junior Dedinho”, derrotou o sul-africano Kaleka Kabanda. O único que acabou não entrando no cage foi o peso-mosca Gian “Patolino” Souza, que viu sua luta ser cancelada após Julio Plaatjies testar positivo para Covid-19. Ekson, que agora possui um cartel com 17 vitórias e apenas cinco derrotas, falou sobre a sua vitória.

“Não me encontrei no primeiro round. Tive dias difíceis na semana da luta. Sofri com insônia e cheguei a passar praticamente três dias sem dormir direito. Acredito que por isso não tenha tido um rendimento muito bom no primeiro round. Estava um pouco apressado para acabar a luta e nisso me vi em situações de desconforto. Mas no intervalo do primeiro round o meu córner me acalmou e me fez voltar a ser quem realmente sou: frio e calculista. E assim finalizei a luta no primeiro minuto do round. Meu adversário era muito forte, mas desperdiçou muita força no primeiro round, e na volta para o segundo eu vi que ele estava exausto, enquanto eu tinha gás de sobra”, contou Ekson, que agora aguarda uma oportunidade em um evento de maior porte.

"Espero em breve poder assinar com um evento maior, para que eu possa viver da luta. Sou um campeão e tenho um ótimo recorde, mas preciso me doar 1000% à luta. Hoje eu trabalho como motorista de aplicativo e dou aulas particulares de Boxe e Muay Thai. É raro o dia que coloco o despertador e dá mais de 6 horas de sono, exceto no domingo que posso dormir um pouco mais (risos). Teve dias durante esse camp que passei a noite trabalhando e emendei até o treino da manhã. Espero assinar com o PFL, Bellator, ou o UFC e assim ter mais tempo para me dedicar ao esporte. Aí todos vão ver que sou ainda melhor”, garantiu o casca-grossa.

Quem também saiu vitorioso do evento foi o macaibense José Maurício da Rocha Júnior, o “Junior Dedinho”. Sem lutar desde 2019, o brasileiro teve pela frente o sul-africano Kaleka Kabanda e venceu na decisão dos juízes. Agora ele espera ter uma chance pelo cinturão do evento.

“Peguei as costas dele no início do primeiro round, ofereci um grande risco de finalização, mas ele é muito forte e conseguiu escapar. Lutei três rounds com ele apesar da altitude não ajudar. Mas eu me senti confortável, e acredito que dei um grande passo pessoal dentro da luta. Amadureci muito, lutei com mais estratégia do que com o coração, que era o que eu fazia antes. Acredito que a minha performance tenha sido um pouco abaixo do que sempre ofereço. Sou muito explosivo e caio para dentro, mas nessa luta eu não podia errar, pois precisava da vitória. Agora espero a definição de quem me enfrentará na disputa de título em minha próxima luta. Já estou traçando metas para essa conquista, que sem dúvida será do Brasil”, disse Dedinho.

Por conta da ômicron, volta ao Brasil ainda é um problema

Dos três atletas brasileiros que lutaram no evento, apenas Ekson já está retornando para casa. Por conta da ômicron, nova variante do coronavírus que foi descoberta inicialmente no continente africano, os três tiveram seus voos de volta cancelados. No entanto, Reinaldo Ekson terá que enfrentar mais de 50 horas de voo e várias conexões para pisar em solo brasileiro.

“Foi difícil manter a concentração para a luta com essa indecisão, mas graças a Deus o meu empresário Matheus Aquino, que ficou sem dormir alguns dias, resolveu tudo. Deu tudo certo pra mim, e espero que meus colegas consigam voltar logo. Já estou a caminho do Brasil, estou fazendo uma viagem de mais de 50 horas. Minha rota mudou e em todos os aeroportos há uma burocracia para poder embarcar. Mas estou feliz com essa vitória e nada vai me abalar. Estou feliz por estar voltando para casa com mais uma vitória e o meu cinturão”, disse Ekson.

Enquanto Ekson está retornando ao Brasil, seus companheiros de equipe Junior Dedinho e Gian Patolino ainda vivem a expectativa para saber quando poderão voltar ao país. Os dois estão no hotel da organização aguardando uma solução da companhia aérea.

“Estamos apreensivos aqui. Estou com muita saudade de casa. Sou muito caseiro, gosto de estar perto das pessoas que amo, da minha família, da igreja, dos meus amigos e dos meus alunos. Mas o nosso empresário está tentando incansavelmente resolver isso e tenho esperança que voltaremos em breve. Essa situação mexeu comigo. Antes mesmo de vir para cá eu quase desisti de embarcar, mas Reinaldo e Patolino me deram forças pra vir. Tive que blindar muito a minha mente e focar apenas na minha luta, além de ajudá-los também no corte de peso. Coloquei todo o resto de lado e foquei apenas no momento que estávamos vivendo. Graças a Deus deu tudo certo. E tenho fé que já, já estaremos em casa”, concluiu.

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