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Salvos por exames pré-luta, lutadores do LFA celebram recuperação e projetam retorno ao cage

Rafael Coxinha e Lucas Feio destacaram a importância do protocolo médico da CABMMA<br>

(Foto: Divulgação)
imagem cameraRafael Coxinha pretende voltar a lutar ainda este ano (Foto: Divulgação/LFA)
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Lance!
Rio de Janeiro, RJ
Dia 18/08/2022
18:17

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Dois atletas que estavam escalados para cards do LFA no Brasil este ano foram salvos por exames médicos pré-luta exigidos pela Comissão Atlética Brasileira (CABMMA), entidade que regula os eventos da organização norte-americana no país.

O caso mais grave foi do peso-pena Rafael Coxinha. Selecionado para disputar o cinturão peso-pena do LFA em março deste ano, ele foi diagnosticado com dois aneurismas e precisou ser submetido a uma cirurgia na semana da luta.

"Quando abriram minha cabeça, o aneurisma já estava vazando, então ele poderia estourar na luta", lembrou, aliviado, o lutador. "Como os médicos me disseram, aquela luta, embora não tenha acontecido, salvou a minha vida. Não disputei o cinturão, mas ganhei uma vida nova".

O peso leve Lucas Feio se preparava para lutar no LFA 136, no mês passado, mas o resultado do exame oftalmológico apontou desvio e rompimento de sua retina, ocasionado por um golpe sofrido em sua última luta, em maio.

"Logo depois da luta eu fui a um médico, mas ele disse que era um trauma leve, que eu me recuperaria naturalmente. Com o convite do LFA, eu tive que fazer um novo exame. Foi aí que fui encaminhado para fazer uma cirurgia de emergência no dia seguinte. Se não fosse isso, eu poderia ter perdido a visão", relatou.

Passados os sustos, tanto Coxinha quanto Feio já projetam o retorno ao cage.

"Foi uma cirurgia invasiva, mas já cicatrizou tudo, estou melhor do que antes. Sou muito grato à CABMMA e aos médicos. Estou treinando, voltando a ficar forte e espero que em novembro eu seja chamado para lutar novamente", revelou Coxinha.

"Os médicos me deram 90 dias para me recuperar totalmente; agora faltam pouco mais de 50", relatou Feio. "Voltei a treinar de forma leve após o trigésimo dia, conforme liberação médica, mas ainda sem impactos na cabeça. Estou ansioso para lutar. O LFA me prometeu uma nova oportunidade quando eu estiver 100%".

Diretor executivo da CABMMA, Cristiano Sampaio revelou que os casos de Coxinha e Feio não são isolados e que todo ano uma série de alterações é constatada em exames de lutadores, o que apenas ratifica a importância do protocolo.

"Os exames médicos pré-lutas são apenas um ponto dentro do pilar médico, que é o mais importante no âmbito regulatório de uma comissão atlética", destacou Sampaio. "Não é só solicitar os exames, tem todo um trabalho interno de gestão. A gente encaminha para o nosso comitê médico, que tem diversas especialidades; inclusive, nosso neurocirurgião tem experiência de ringue, ou seja, não é apenas especialista na área médica, mas também na luta, e é importante ter essa sensibilidade".

Sampaio também contou que há alguns anos houve casos de atletas que enviavam exames falsificados, inclusive sorológicos, mas que foram descobertos pela comissão e impedidos de lutar. Isso é possível graças à autonomia que a CABMMA tem perante os eventos que chancela.

"Estar livre de qualquer conflito de interesses dá respaldo, segurança para a gente executar essas funções, principalmente na parte médica. Em eventos em que o próprio promotor tem poderes sobre arbitragem, jurados e parte médica, ou seja, ele se autorregula, pode haver descuidos que podem gerar riscos aos atletas, porque o promotor muitas vezes é empresário ou líder da equipe, ou seja, possui outros interesses", explicou.

"A estrutura que a Comissão Atlética montou nesses 12 anos de operação faz com que a gente tenha êxito nessa parte médica, graças a profissionais capacitados e promotores, como os do LFA, que acreditam e confiam no nosso trabalho, e atletas que com certeza entendem a nossa importância, a importância dos exames e até se recusam a lutar em eventos que não possuam essa responsabilidade médica", completou o diretor executivo.

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