Shooto Brasil Solidariedade: retorno tem chuva de nocautes e novo campeão na divisão dos super-leves
Retorno das edições do Shooto Brasil é marcado por um novo campeão na categoria dos super-leves e um show de nocautes no card; confira os detalhes do evento:
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O Shooto Brasil voltou. E teve chuva de nocautes. No último domingo (26), a organização retornou após quatro meses de inatividade com um evento bem diferente do habitual. Com um rígido protocolo de prevenção contra o coronavírus, elaborado em conjunto com a CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA), o evento realizou um card com dez lutas, na ViVi Arena, no Rio de Janeiro.
No main event da noite, o campeão Fabrício Negão encarou Thiago Manchinha e levou a pior após desclassificação por uma joelhada ilegal. O duelo não valia o cinturão dos leves (até 70,3kg) por conta da falha de Manchinha na pesagem. Já no co-main event, Rangel Anaconda bateu Ary Santos e faturou o título dos super-leves (até 74kg). O card contou ainda com outras oito lutas.
O Shooto Brasil Solidariedade recebeu esse nome por conta de uma ação que consiste na arrecadação de cestas básicas para diversas comunidades carentes do Rio de Janeiro afetadas pela pandemia. Liderada diretamente pelo presidente do Shooto Brasil, Dedé Pederneiras, forneceu a conta do Instituto André Pederneiras para as doações com a devida prestação de contas nos canais oficiais do Shooto.
Dentro do ringue, as duas lutas principais da noite valeriam título. No main event, o atual campeão dos leves (até 70,3kg) Fabrício Negão encarou o ex-campeão Thiago Manchinha, mas o desafiante ultrapassou cerca de 600g o limite de 70,3kg da divisão. Assim, o duelo não valia mais cinturão. E Fabrício parecia mostrar porque era o campeão ao começar melhor na luta e quase acabar com ela depois de knockdown no início do round. Manchinha resistiu e,faltando exato um segundo para terminar o primeiro assalto, sofreu um golpe ilegal de Fabrício. A joelhada ilegal fez com que Manchinha não voltasse para o duelo, assim ele foi declarado vencedor por conta da desclassificação de Fabrício, que segue como campeão.
No co-main event, Ary Santos e Rangel Anaconda se encararam pelo cinturão dos super-leves (até 74kg), mas Ary também estourou 900g o limite da divisão e o confronto só valia cinturão em caso de vitória de Rangel. E foi o que aconteceu. A luta começou bastante equilibrada, com Rangel conectando golpes precisos e Ary trabalhando o contragolpe. Porém, ao tentar um golpe conhecido como bate-estaca, Santos acabou perdendo a consciência na queda e a luta chegou ao fim, com vitória de Rangel por nocaute. Assim, o paraense é o novo dono do títulos dos super-leves.
O card contou ainda com outras oito lutas. No duelo que antecedeu os dois principais da noite, Adercino Marmita, irmão do ex-TUF Ismael Marmota, protagonizou um lindo nocaute sobre Victor Romero. Os demais destaques ficaram por conta de Victor Buldoguinho, Leandro Mun-Rá, Keweny Leão e Tina Black. Enquanto o primeiro teve atuação avassaladora e nocauteou Wilherson Jackson ainda no assalto inicial, o segundo deu um show de arte suave e finalizou Diego Barcellos no primeiro round com uma chave de braço.
Quem também tirou onda foi Keweny Leão, que protagonizou um belo nocaute sobre Jaciel Lima após sequência no ground and pound ainda no round inicial. Já na única luta feminina da noite, Tina Black fez bonito ao nocautear Karen Thalita no primeiro round depois de linda sequência em pé. Outros vencedores da noite foram Renan de Oliveira, Cleiver Fernandes e Wendel Almeida.
Rígido protocolo de prevenção marca primeiro evento após início da pandemia
Para o Shooto Brasil poder retomar suas atividades foi necessário a elaboração de um rígido protocolo de prevenção contra a COVID-19. Junto com a CABMMA, a organização impôs diversas regras para a realização do evento. Todos os atletas envolvidos no evento foram testados com teste rápido no dia e local da pesagem, que aconteceu também na ViVi Arena, no sábado, dia 25. Assim como os lutadores, seu corners também fizeram os testes. Apenas este integrante pôde acompanhar o atleta durante o evento, exceto nas duas lutas pelo cinturão, em que foi permitida a participação de dois corners. A organização também passou por testes.
Todos os atletas, corners e demais envolvidos no evento foram obrigados a usar máscaras, tanto na pesagem quanto no evento. A CABMMA forneceu esse equipamento aos atletas e seus corners no dia da pesagem. O lutador só pôde retirar a máscara na hora de subir no cage. O ambiente também foi constantemente higienizado e os vestiários e corners tinham marcações no chão para respeitar o distanciamento social. Além disso, os membros das equipes foram orientados a retirar quaisquer adereços, como anéis, pulseiras, cordões, brincos e relógios. Também não houve entrada de nenhum tipo de público, nem imprensa. Apenas a equipe de transmissão reduzida do Canal Combate.
RESULTADOS COMPLETOS:
Shooto Brasil Solidariedade
ViVi Arena, no Rio de Janeiro (RJ)
Domingo, 26 de julho de 2020
Thiago Manchinha derrotou Fabrício Negão por desclassificação no 1R
Rangel Anaconda derrotou Ary Santos por nocaute no 1R
Adercino Marmita derrotou Victor Romero por nocaute no 1R
Wendel Almeida derrotou Felipe Selvagem por decisão unânime dos jurados
Cleiver Fernandes derrotou Pedro Martins por decisão unânime dos jurados
Victor Bulldoguinho derrotou Wilherson Jackson por nocaute técnico no 1R
Leandro Mun-Rá finalizou Diego Barcelos com uma chave de braço no 1R
Renan de Oliveira derrotou Luiz Felipe Lopes por decisão unânime dos jurados
Keweny Leão derrotou Jaciel Lima por nocaute no 1R
Tina Black derrotou Karen Thalita por nocaute técnico no 1R
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