Alcaraz se surpreende com ação de sindicato liderado por Djokovic: ‘Não apoio’
Tenista espanhol foi citado em processo movido pela Associação de Jogadores Profissionais de Tênis

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A Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA) move uma ação judicial contra as entidades reguladoras do esporte. No processo, a instituição citou o tenista espanhol Carlos Alcaraz, ao realizar críticas ao atual modelo de calendário da modalidade. O sindicato é há cinco anos liderado pelo sérvio Novak Djokovic.
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O cenário pegou Carlos Alcaraz de surpresa. Durante coletiva de imprensa no torneio Miami Open, o Masters 1.000 da Flórida, o espanhol falou sobre o caso. Ele evidenciou um certo descontentamento com a citação no processo e declarou concordar com apenas partes das reivindicações feitas pela associação.
- Foi surpreendente para mim, porque ninguém me contou sobre isso. Há coisas com as quais concordo e há outras com as quais não concordo. O principal é que não apoio o que foi feito. Ontem vi nas redes sociais que colocaram algo que eu disse em uma entrevista coletiva nos documentos e eu não estava ciente disso. Sinceramente, não apoio essa carta, porque eu não estava ciente disso - disse o tenista espanhol.

Entenda o caso
Com a participação de aproximadamente 20 tenistas, a PTPA iniciou nesta semana uma ação na Justiça contra entidades reguladoras do tênis: Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Associação de Tênis Feminino (WTA), Federação Internacional de Tênis (ITF) e a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA).
Nos documentos, a instituição reivindica uma série de mudanças no calendário do esporte. Para a PTPA, os atletas estão presos em um sistema "corrupto, ilegal e abusivo". A divulgada cobra direitos pessoais e profissionais e trata o circuito, que se inicia em janeiro e termina somente em novembro, como "insustentável". Veja a nota abaixo:
"A temporada profissional de tênis se estende por 11 meses do ano, deixando pouco ou nenhum espaço para os jogadores descansarem e se recuperarem. O cronograma insustentável exige que os jogadores viajem com seu próprio dinheiro e cuidem de sua própria logística para participar de dezenas de torneios em seis continentes. Passar tempo com a família ou se recuperar de lesões exige abrir mão de oportunidades de ganhar a vida e ganhar pontos de classificação cobiçados.
Só no ano passado, os jogadores foram forçados a competir em um calor de 100 graus, suportar partidas que terminavam às 3 da manhã e jogar com bolas de tênis diferentes e causadoras de lesões dependendo da semana, levando a lesões crônicas no pulso, cotovelo e ombro. Em Miami, um jogador desmaiou na quadra em calor extremo, foi forçado a se retirar da partida e passou uma noite no hospital se recuperando. Dizem aos jogadores que isso é o que vem com o privilégio de ser um jogador de tênis profissional".
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