Vencedor da etapa de Pipeline, no Havaí, Gabriel Medina faturou o bicampeonato do Circuito Mundial na última segunda-feira. Mas além da conquista do atleta, a temporada 2018 foi de grandes feitos para o Brasil. Filipe Toledo e Italo Ferreira também terminaram entre os cinco melhores do ano, em terceiro e quarto no ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL).
Das 11 etapas do Circuito, o Brasil levou nove delas, sendo três conquistadas por Medina, três por Italo, duas por Filipinho e uma por Willian Cardoso. Só duas não foram de pódio brasileiro: Gold Coast, na Austrália, e Landes, na França, vencidas pelo australiano Julian Wilson, que ficou com o vice-campeonato geral.
O bicampeão conquistou as etapas de Teahuppo, no Taiti, na Califórnia, nos Estados Unidos, e em Pipeline. Já Filipe, terceiro colocado no WCT, levou os eventos de Saquarema, no Rio de Janeiro, e Jeffrey's Bay, na África do Sul. Italo ficou o título em Bells Beach, na Austrália, Bali, na Indonésia, e Peniche, em Portugal. Já Cardoso conquistou a etapa de Uluwatu, na Indonésia.
– Todo mundo está aumentando os limites. O nível está altíssimo. Todos são muito bons e isso é o que me incentiva a treinar mais, surfar mais. Essa é a minha motivação, pois quero estar sempre no mesmo nível deles. Foi incrível vir para Pipeline disputar o título com o Julian e o Filipe. São duas pessoas incríveis, grandes surfistas, sou fã dos dois e foi um ótimo ano para mim, porém muito longo e muito intenso – declarou Medina.
Medina voltou ao lugar mais alto do pódio do Circuito Mundial após quatro anos, quando levou o torneio em 2014. No ano seguinte, Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o grande campeão. Nas últimas duas edições, o títulos ficaram com o havaiano John John Florence. Em 2016 e 2017, Gabriel ficou em terceiro lugar e segundo lugar, respectivamente.
Além de Medina, Filipe e Italo, mais quatro dos onze "titulares" da Seleção encerraram entre os 22 primeiros do ranking, que são mantidos na elite dos top-34 para o ano que vem: Willian ficou em 13º, Michael Rodrigues em 15º, o campeão mundial Adriano de Souza em 19º e Yago Dora, em 21º.
Jessé Mendes completa a festa brasileira
Embora não tenha chegado à fase decisiva da etapa de Pipeline, Jesse Mendes foi mais um brasileiro a comemorar no desfecho da temporada do WCT. Ele garantiu o título da Tríplice Coroa Havaiana, disputa que envolve três etapas (duas do QS, a divisão de acesso, e uma do circuito principal).
O surfista terminou o Hawaiian Pro em quinto e depois conseguiu um segundo lugar no Sunset Pro. Em Pipeline, caiu nas quartas de final, mas foi o surfista que mais pontuou na somatória das disputas.
– São muitas emoções. Fiquei esperando até o fim da bateria para ver a situação do Jordy Smith. Me sinto abençoado por tudo isso. Não acreditei. Para mim está sendo muito bom tudo isso que aconteceu – disse Jessé.
O surfista fez parte da elite este ano e ficou de fora da zona de classificação pelo CT para 2019, mas garantiu sua permanência entre os dez indicados pelo QS ao faturar a Tríplice Coroa.