Alonso diz ‘respirar e viver’ Fórmula 1 e vê aposentadoria distante: ‘Amo ser piloto’
Piloto espanhol está de contrato renovado com a Aston Martin
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Aos 42 anos, Fernando Alonso renovou contrato de forma plurianual com a Aston Martin e deixou os planos de aposentadoria debaixo do tapete. Dando indícios de que estará na pista na temporada de 2026, quando a Fórmula 1 terá um novo regulamento do carro e motor, que pode alterar a ordem das forças, o espanhol fez juras de amor à categoria.
Pouco após o anúncio de que permanecerá na equipe de Silverstone pelos próximos anos, Alonso afirmou que deixar de pilotar é algo que ainda não passa por sua cabeça. No entanto, deu indícios de que após 2026 vai analisar a cada campeonato a continuidade de sua carreira.
- Fico na Aston Martin por muitos anos, mas veremos a cada temporada qual papel desempenharei, não há limites de idade para mim. É certo que estarei na pista por mais dois anos, estou muito confiante, então quero estar lá (na temporada de 2026) - declarou.
- Estou feliz com a vida que levo, treino como um piloto, tenho uma dieta de piloto e vivo como um piloto como sempre fiz. Não é fácil, mas é o que amo fazer. Ainda não consigo me imaginar sem um volante na mão - completou.
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Alonso viveu um período de desgosto durante sua última passagem pela McLaren, quando obteve resultados aquém de seu currículo durante 2015 e 2018. Em 2017, por exemplo, desistiu de disputar o GP de Mônaco daquela temporada e foi correr as 500 Milhas de Indianápolis. Em 2018, conciliou a Fórmula 1 com a disputa das 24 Horas de Le Mans, que venceu pela Toyota — rival da Honda, que fornecia motores ao time de Woking na F1 —, ao lado de Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi. Após o fim de seu contrato com a McLaren, fez mais duas incursões na Indy 500 e venceu mais uma vez em Le Mans, novamente com Nakajima e Buemi em 2019.
Mesmo tendo experimentado outros sabores do automobilismo, o seguir pilotando de Alonso significa continuar na Fórmula 1, categoria que ele diz viver e respirar.
- Amo muito pilotar e sei que não quero parar agora, desde que os sacrifícios que faço sejam menores do que a alegria que tenho de pilotar e a paixão que tenho por isso. Eu respiro Fórmula 1, vivo Fórmula 1, meu estilo de vida é ótimo e amo o que faço - comentou.
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O bicampeão mundial admitiu que o ponto negativo de sua rotina como competidor na F1 é estar longe da família. O espanhol revelou um acordo com os familiares e que estes estarão presentes em mais corridas ao longo do ano.
- Hoje a gente viaja muito. O único lado negativo que vejo nesse tipo de vida é a falta da família, o fato de não ter uma vida normal e de não poder vê-los. Nesse sentido, falei, ok, vamos ver ano a ano. Conversei com os familiares e eles prometeram que viriam mais vezes às corridas. Todo mundo vai estar em Miami, minha mãe, minha irmã e minhas duas sobrinhas. Vamos mudar algo para que possa continuar correndo sem perder tudo - pontuou.
Alonso, no entanto, voltou mais próximo ao discurso que vinha tendo antes da renovação: continuar na Fórmula 1 depende de um projeto que lhe dê capacidade de vencer corridas. O #14 fez questão de falar sobre o progresso que a Aston Martin vem fazendo na estrutura e valorizou a chegada da Honda, a quem muito criticou durante sua passagem pela McLaren — o espanhol chegou a dizer que os japoneses fabricaram um motor de GP2, antiga Fórmula 2, na temporada de 2015. Algo que se arrependeu anos após.
- Há dois anos estávamos naquela que era a pequena sede da Jordan, hoje temos uma instalação de última geração e, em breve, um novo túnel de vento. A Honda vai chegar e já falei com eles, depois teremos a gasolina sustentável da Aramco, enfim, acredito que está tudo aí para continuar o processo de crescimento. Estou extremamente animado para prosseguir com esta equipe. Também há um senso de lealdade na decisão que tomei - destacou.
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Por fim, Alonso afirmou que a continuidade com a Aston Martin se deu ao perceber que “esse não pode ser o fim” da parceria e ainda ressaltou os resultados alcançados com a equipe, que lhe rendeu o quarto lugar no Mundial de 2023, atrás somente de Max Verstappen, Sérgio Pérez e Lewis Hamilton.
- Começamos juntos e conquistamos muitas coisas, algumas das quais, provavelmente, sem precedentes na Fórmula 1, alcançadas em um período muito curto de tempo. Senti que este era apenas o começo da jornada, não poderia ser meu fim na Aston Martin. Então, sim, estou muito, muito feliz. Contente pelas pessoas da fábrica, pelo time e nossos parceiros. Foi uma decisão natural a tomar, estar na pista por muito tempo com esta equipe - encerrou.
A Fórmula 1 volta a acelerar entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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