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Ana Moser demonstra preocupação com futuro do esporte no Brasil

Ao LANCE!, a ex-jogadora de vôlei opinou sobre um possível fim do Ministério do Esporte; Ana se demonstrou decepcionada com o desempenho da Seleção Brasileira no Mundial

Ana Moser teme o futuro do esporte no Brasil
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/11/2018
18:59
Atualizado em 19/11/2018
16:37

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Medalhista de bronze nos Jogos de Atlanta-1996 e considerada uma das maiores jogadoras da história do voleibol brasileiro, Ana Beatriz Moser ainda tem sua imagem ligada ao esporte. Além de fazer parte do Nacional do Esporte, ela também preside o Instituto Esporte e Educação (IEE). A catarinense de 50 anos conversou com a reportagem do LANCE! e falou sobre suas perspectivas para o esporte brasileiro nos próximos anos, tendo em vista que um dos planos do presidente eleito Jair Bolsonaro é a fusão do Ministério do Esporte com os da Educação e Cultura.

A medida, se confirmada, transformará os dois primeiros em secretarias. Com um certo tom de preocupação, Ana disse não apoiar a ideia e destacou a importância de um ministério para o setor.

- A preocupação do setor esportivo é manter os meios de fazer o esporte acontecer. O que acontece no esporte brasileiro é viabilizado por algumas situações. Algumas delas passam pelos ministérios, como a Lei de Incentivo, o Bolsa Atleta e programas esportivos ligados à educação, além de atividades físicas para adultos. Há alguns caminhos para viabilizar o esporte no país. O Ministério do Esporte é a casa dessas políticas e, se acabar, não terá o que fazer com essas políticas. Elas serão incorporadas? Temos uma grande fragilidade que ainda não vencemos, que é construir um sistema nacional voltado para o esporte - disse Ana Moser, completando em seguida:

- Existe um plano que está rodando no Ministério e ainda não chegou no Congresso. Não temos uma visão do que precisa fazer e quais são as estratégias e metas para o futuro. Se desmonta isso, você acaba com tudo e acaba não tendo forças para remontar depois. Não vejo sentido em apagar o que tem, mas se isso acontecer, não será positivo e isso é a grande questão para mim.

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Mesmo contra a situação, ela deixou em aberto uma possibilidade de mobilização em torno da causa do esporte no governo de Jair Bolsonaro e definiu o atual momento como 'incerto'.

- O setor não é uma coisa uniforme. Cada atleta brasileiro tem seus movimentos e outras instituições também. Ainda existe muita indefinição - afirmou.

Em agosto deste ano, Ana Moser foi anunciada como a nova integrante do Conselho Nacional do Esporte (CNE), ao lado do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, e também do campeão olímpico do judô Rogério Sampaio, duretor geral do COB. O Conselho visa ao desenvolvimento de programas que promovem a prática de atividades físicas para toda a população.

- É a segunda vez que eu faço parte do Conselho. Tive apenas duas reuniões, mas este é meu segundo mês ainda. O Conselho é uma outra instância que depende do Ministério para sobreviver. Sem ele, não terá um conselho que reúna alguns setores do esporte de forma oficial. Ainda não deu para fazer muita coisa. Mas, de fato, é importante e sustenta o setor - expôs Ana.

UM ALERTA PARA O VÔLEI BRASILEIRO

A Seleção Brasileira feminina de vôlei decepcionou o país no Mundial deste ano, no Japão. Com a sétima colocação, o Brasil foi eliminado ainda na segunda fase da competição e alcançou o pior desempenho da camisa verde e amarela desde 2002 na modalidade. Ana disse que não acompanha com frequência os jogos, mas se demonstrou chateada com a atual situação do vôlei brasileiro.

- Acompanho muito pouco. Vi a campanha da Seleção Brasileira no Mundial e fazia tempo que não havia um resultado tão ruim. Ficar fora das quartas de final é algo que poucas vezes aconteceu. Por outro lado, o masculino foi vice. Na questão do vôlei, é fundamental a manutenção de patrocínios, para deixar o produto ainda mais interessante. Fortalecer e renovar a base também é essencial. A modalidade é muito forte em títulos, mas com uma base muito estreita e pouco praticada. O vôlei brasileiro tem de ser mais praticado, para não sofrer tanto com renovações - finalizou a ex-jogadora.

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