A um ano da abertura da Olimpíada, atletas analisam o desafio de Tóquio
Ciclista Henrique Avancini, o ponta Lucarelli e o skatista Pedro Barros vivem a expectativa de confirmar seus lugares nos Jogos Olímpicos de 2020. Eles falaram sobre o que esperam
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Os atletas estão focados na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, mas têm um objetivo maior em mente: os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira, dia 24 de julho, faltará um ano para a cerimônia de abertura da Olimpíada. Enquanto isso, os brasileiros buscam vagas para participar do maior evento esportivo do mundo.
O principal ciclista da categoria mountain bike, com um bicampeonato brasileiro e inúmeras medalhas de ouros em competições internacionais, Henrique Avancini admite que há pressão por conta de seus bons resultados dos últimos anos.
- Eu acredito que exista uma pressão, expectativa bastante grande. Eu venho fazendo um trabalho bastante próximo com o Comitê Olímpico Brasileiro. E ele é voltado para medalha. Não só para medalha, mas para o título olímpico, que é uma meta muito mais ambiciosa do que o pódio, mas é como eu gosto de enxergar, de como eu gosto de trabalhar para um objetivo. Então, meu grande objetivo é chegar em condições de disputar o título. Acredito que eu não esteja neste nível, mas muito próximo - disse.
O ciclista comentou que a Olimpíada é uma oportunidade para amadurecer, seja pessoal como profissionalmente. Além disso, frisou os momentos complicados que teve que enfrentar.
- Os Jogos representam um grande aprendizado, uma grande oportunidade de amadurecer. Foi assim nas seletivas que eu disputei mais diretamente. Eu disputei em Pequim, também, como um primeiro ano na categoria classificável. Tudo o que aconteceu comigo, principalmente em 2016, me amadureceu bastante. E eu sou grato a esses momentos difíceis que eu passei no ano olímpico.
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Pedro Barros também é apontado por muitos como o sucessor de Sandro Dias e Bob Burnquist como o principal representante do país na modalidade Bowl. Duas vezes medalhista de prata na modalidade Skate Parque (2011 e 2013 Munique) e medalhista de bronze na modalidade Vertical Amadora (2009).
Na etapa de Montreal do Vans Park Series 2019, só deu Brasil, com as vitórias de Pedro Barros, no masculino, e Yndiara Asp, no feminino. Foi a segunda etapa consecutiva com triunfo dos dois, que já haviam terminado na primeira colocação na etapa de de São Paulo, em junho. O brasileiro comentou sobre as expectativas para os Jogos Olímpicos.
- Eu acredito que é mais uma competição. A medalha é algo que iria demonstrar quem levou o melhor naquele dia, mas acho que o mais importante, ao longo desse período olímpico, é a caminhada toda, a imagem que será passada para milhões de pessoas que ainda não conhecem o skate. Para mim, é muito maior que só um esporte. É muito maior do que uma competição possa definir - disse.
O brasileiro comentou sobre o esquema de preparação para a competição em Tóquio. Ela revelou que terá que se preocupar com coisas que antes não era empecilho.
- Com certeza, os cuidados com corpo, mente e tudo o que está ao redor são muito maiores! Principalmente porque hoje não somos só skatistas, então, acabamos tendo que nos preocupar com coisas que jamais nos preocupávamos antes - afirmou.
Atual campeão olímpico, Lucarelli passou por altos e baixos nesse ciclo olímpico, como recuperação de lesão e primeiro título da história do Taubaté na Superliga, quebrando hegemonia do Cruzeiro. O ponta analisou o ciclo olímpico e afirmou que não é um dos mais complicados na carreira.
- Esse ciclo, eu não sei se é o mais desafiante, pois no primeiro, eu ainda era jovem, tinha expectativa se iria corresponder ou não. Então, para mim, na época, esse era o mais desafiante. E esse também tem um gostinho diferente, pois tive uma lesão no meio do caminho, que me impossibilitou de jogar uma temporada. Com certeza, esse ciclo tem um gosto especial. Mas o ciclo de 2016 foi um pouco mais desafiante.
Lucarelli ressaltou que o calendário de 2019 é todo voltado para Tóquio-2020 e que o foco e determinação é algo fundamental em todos confrontos. Seja em quadras, pistas ou campos.
- A preparação está indo muito bem. A agenda de 2019 já é focada na Olimpíada. Várias equipes até pouparam para jogar o pré-olímpico, que é a classificatória. O foco já está lá. O que mudou do Rio para Tóquio, agora, é que eu já joguei uma Olimpíada, eu já sei o quão difícil é, a pressão, o foco que tem de ter para os dias na Vila. Então, agora, já me sinto mais preparado do que a outra, psicologicamente falando.
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