Após estudos, clubes do NBB decidem pelo fim da temporada sem campeão
Participantes tomaram decisão de forma unânime por reunião virtual nesta segunda-feira
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Os organizadores do NBB bem que tentaram resistir à pandemia da COVID-19, mas não foi possível terminar a temporada. Nesta segunda-feira, os clubes decidiram por unanimidade pelo cancelamento, em assembleia virtual da Liga Nacional de Basquete (LNB). O torneio foi encerrado sem um campeão.
Os participantes pesaram fatores como a falta de recursos para manter seus elencos, a complexidade e os custos da operação para dar sequência aos jogos, a imagem do evento diante do aumento do número de infecções e mortes no país, que pressiona os sistemas de saúde em diversas cidades, e, sobretudo, a necessidade de preservar a saúde dos atletas.
"Mesmo contando com um projeto que poderia viabilizar o retorno da competição nos próximos meses, as equipes não tiveram segurança em relação ao controle da pandemia no Brasil e optaram por preservar a saúde de todos os profissionais envolvidos com a competição, além de agir com responsabilidade diante do impacto financeiro gerado pela crise econômica mundial", informou a LNB, em nota oficial.
As equipes acordaram que a classificação final da fase regular será mantida para definir quem representará o Brasil nas competições internacionais na próxima temporada, como a Baskteball Champions League Americas e a Liga Sul-Americana. O Flamengo terminou o NBB na liderança, com 87,5% de aproveitamento, seguido por Franca (80%), São Paulo (76,6%) e Minas (65,4%).
O NBB foi paralisado no dia 16 de março, depois de realizar algumas partidas com portões fechados, na tentativa de evitar aglomerações. O esforço se mostrou insuficiente. Dias depois da interrupção, o pivô Maique, do Paulistano, testou positivo para o novo coronavírus. O mundo esportivo já parava. O atleta já esta recuperado. O ala Leandrinho, do Minas, também foi infectado.
Nas últimas semanas, a LNB realizou diversos estudos sobre possibilidades de retomar a disputa direto nos playoffs, em local isolado e com medidas de seguança tanto para os atletas e comissões técnicos, quanto demais profissionais envolvidos na operação de uma partida. Havia até mesmo a previsão de compra de 2 mil kits de testes do novo coronavírus.
– Se nós vivêssemos num país que estivesse mais avançado em relação à pandemia, poderíamos cravar hoje o retorno do NBB. O relatório realizado pela equipe multidisciplinar foi muito bem preparado e teria viabilidade para execução. Porém, nesse momento, o Brasil ainda não apresentou evoluções e não é possível seguir com o processo – afirmou Dr. Diego Gadelha, diretor médico da Unifacisa e um dos líderes médicos do grupo multidisciplinar.
O primeiro passo de um possível retorno, que seria a reunião dos atletas para os treinamentos, já estaria comprometido. Os clubes estão espalhados em regiões diferentes do país, com fases distintas de disseminação da doença e de medidas de isolamento, e teriam de voltar às atividades ao mesmo tempo.
– Nós fomos até o estouro do cronômetro. Ouvimos todos os personagens que fazem do NBB uma das competições mais admiradas do Brasil. Sentamos semanalmente com todos os clubes, atletas, técnicos, árbitros, patrocinadores, parceiros de mídia, e criamos um projeto para retomar a competição. É triste ter que encerrar a temporada e não queríamos isso, mas saímos dessa experiência convictos que fizemos tudo o que foi possível – disse o presidente interino da LNB, Nilo Guimarães.
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