Após prisão de Nuzman, COI impõe novo código de ética
O documento deve ser assinado pelos membros da entidade até o dia 5 de novembro; Lista de "presentes" proibidos também é elaborada<br>
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De acordo com o site 'Inside the Games', o Comitê Olímpico Internacional (COI) elaborou um documento de 27 páginas com os novos princípios éticos da entidade. Além disso, exige que todos os seus membros o assinem até o dia 5 de novembro, data da próxima reunião da Comissão do COI, em Lausanne, na Suíça.
Entre os princípios, o documento comporta uma lista de "presentes" proibidos para seus membros, detalhando as possíveis situações de corrupção e de conflito de interesses.
Entre os regalos vetados, estão produtos de luxo (bolsas, relógios, roupas de grife, canetas e vinhos), objetos feitos com ouro ou pedras preciosas e equipamentos eletrônicos (câmeras, smartphones, TVs, computadores e tablets). Caso sejam itens promocionais de cidades candidatas, como pins, mochilas esportivas, gravatas e lenços, os membros têm permissão para aceitar. Objetos artesanais locais e alguns produtos consumíveis, como chocolates e "vinhos baratos" também foram permitidos.
Com este documento, o COI busca garantia de que seus integrantes seguem os limites éticos em processos como, por exemplo, a eleição de uma cidade sede. Esta seria uma resposta aos recentes casos envolvendo a escolha do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
- Dada a importância do que está em jogo em um processo de candidatura e o risco que qualquer percepção de corrupção pela sociedade civil, membros do COI não podem aceitar nenhum presente, independentemente de seu valor, de uma cidade candidata, de seu comitê olímpico nacional ou de qualquer pessoa ou entidade em benefício de uma candidatura - esclarece o novo código de ética do COI.
Além disso, também foi abordada a venda de ingressos olímpicos por membros do COI, que pode ser utilizado como moeda de troca. Existe uma cota limitada para os dirigentes, que podem distribuir para seus familiares e convidados credenciados. As entradas não podem ser vendidas ou utilizadas de forma promocional.
Assinado pelo presidente da Comissão de Ética da entidade, o senegalês Youssoupha Ndiaye, o document pede para os membros do COI permanecerem em posição neutra durante o processo de candidatura de cidades sede.
Em relações ás viagens dos dirigentes, as regras pedem para que eles utilizem a companhia oficial, a Carlson Wagonlit Travel. Para voos em jatos privados pertencentes a terceiros, os membros do COI precisão de uma autorização prévia da Comissão de Ética para viajar.
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