Após ser suspenso por doping, Gabriel Santos é inocentado e disputará seletiva para as Olimpíadas
Corte Arbitral do Esporte (CAS) definiu que a contaminação do nadador pela substância Clostebol não foi intencional. O atleta, de 23 anos, poderá retornar às suas atividades
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Nesta sexta-feira, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) divulgou um comunicado anulando a decisão da Federação Internacional de Natação (FINA) sobre a suspensão do atleta Gabriel Santos. Com isso, o nadador brasileiro está liberado para retornar às suas atividades e tentar uma vaga nos jogos Olímpicos de Tóquio. A Seletiva Olímpica de Natação será realizada entre os dias 20 e 25 de abril, no Parque Aquático Maria Lenk.
De acordo com o tribunal, Gabriel não teve culpa ou negligência ao ingerir Clostebol, apontada em seu exame de 20 maio de 2019. A substância é um anabólico sintético e foi, por exemplo, o que ocasionou o doping de Maurren Maggi em 2003. Cinco anos depois, Maggi deu a volta por cima e foi campeã Olímpica.
- O painel do CAS de forma unânime entendeu que, nas circunstâncias deste caso, nenhuma irregularidade ou negligência poderiam ser atribuídas ao atleta - parte da nota divulgada pela Corte Arbitral do Esporte à imprensa.
Segundo a argumentação da defesa do atleta, ele não teve culpa no caso e a contaminação aconteceu devido ao uso de uma toalha com traços da substância. Ela estava presente em um produto para a barba utilizado por seu irmão. Em entrevista ao site 'Uol', o advogado do atleta do Pinheiros, Bichara Neto, explicou o caso e alegou que a justiça foi feita com a absolvição de Gabriel.
- O tribunal entendeu que ele não concorreu com qualquer grau de culpa, e em razão disto nenhum período de suspensão deveria ser aplicado. Saímos com a sensação de dever cumprido e de que a justiça foi feita ao Gabriel - , comentou o advogado do nadador.
Principais Conquistas
O atleta conquistou a medalha de prata no Mundial de Budapeste em 2017 e ouro no Pan-Pacífico de 2018. Além disso, o nadador conquistou seis títulos nacionais seguidos nos 100m e foi peça chave no revezamento 4×100.
Em 2017, no Mundial de Esportes Aquáticos em Budapeste (Hungria), ele foi um dos membros da equipe que conquistou a histórica medalha de prata no revezamento 4x100m livre e em 2019, também no revezamento, conquistou a medalha de ouro no Pan-Pacífico de Tóquio, com uma marca que deu ao Brasil a primeira posição do ranking mundial na época.
Ano passado, ele não pôde disputar o Campeonato Mundial de Gwangju e dos Jogos Pan-Americanos de Lima por conta da suspensão.
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