Membros da comissão de atletas do handebol brasileiro divulgaram nesta segunda-feira um documento no qual solicitam a renúncia do presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz de Oliveira. Ele está afastado do cargo que exercia desde 1989.
A transcrição foi assinada por oito integrantes da comissão, entre eles, os atletas das Seleções Brasileiras feminina e masculina Duda Amorim, Bárbara Arenhart e Thiagus Petrus, que pedem a exoneração do cartola.
O ato foi organizado pelos jogadores após o juiz Rolando Valcir Spanholo afastar Manoel Luiz de Oliveira do cargo no último dia 6 de abril, com a acusação de irregularidades no uso de R$ 21 milhões de dinheiro público.
As transações são referentes a cerca de oito convênios realizados entre a CBHh junto ao Ministério do Esporte. Um desses acordos envolveu o Mundial feminino de 2011, realizado em São Paulo, onde foram gastos R$ 6 milhões. De acordo com a justiça, foram descobertos 14 convênios que serviam para disfarçar o cumprimento da exigência legal.
Em nota, a CBHb informou que recebeu a carta dos atletas, rebateu a acusação de gestão temerária e avisou que o Conselho de Administração avaliará os pontos levantados pelos jogadores.
"No tocante às medidas judiciais mencionados, reiterando o firmado no item 2, de Nota de Esclarecimento veiculada em 07 de abril, cumpre informar que a entidade já está tomando as medidas judiciais cabíveis pautadas pelos princípios da legalidade, legitimidade, contraditório, ampla defesa, respeito e cumprimento de DECISÕES emanadas dos órgãos da justiça Brasileira. A suposta gestão temerária expressada na carta e manifestada nas ações judiciais em curso em Aracaju, bem como em Brasília até a presente data, não lograram êxito. Visto que, os pedidos de intervenção e anulação do pleito eleitoral, não foram DEFERIDOS", diz o comunicado da confederação.