Bortoleto voa em Abu Dhabi e é campeão da Fórmula 2; Hadjar fica para trás no grid
O brasileiro já possui vaga assegurada na Fórmula 1, para temporada 2025
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Gabriel Bortoleto é o campeão da Fórmula 2 na temporada 2024. O brasileiro consolidou o título ainda na largada, quando Isack Hadjar ficou empacado no grid da corrida 2 da rodada de Abu Dhabi e foi engolido pelo pelotão. O francês ainda conseguiu retornar para a disputa, mas já estava uma volta atrás, portanto Gabriel precisou apenas de calma para levar o carro até a bandeira quadriculada. Joshua Dürksen venceu a corrida neste domingo (8).
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A expectativa para o duelo entre Bortoleto e Hadjar era enorme, sobretudo depois da punição que fez Paul Aron, terceiro colocado no grid, largar do pit-lane. Isso fez com que os dois postulantes ao título partissem para a corrida imediatamente um atrás do outro — o brasileiro em segundo e o francês em terceiro.
Só que a briga não aconteceu, e tudo porque o carro da Campos empacou na largada. Bortoleto, em contrapartida, assumiu a liderança em mais uma largada ruim de Victor Martins, o pole-position. Depois da rodada de pit-stops, o brasileiro acabou perdendo posições para Dürksen, em ótimo desempenho, e o piloto da ART, mas o principal já estava sacramentado.
Gabriel, portanto, encerra a jornada nas categorias de base com títulos na Fórmula 3 e Fórmula 2 em temporadas de estreia e segue os passos de Charles Leclerc, George Russell e Oscar Piastri. Agora, o próximo capítulo é na Fórmula 1, com a Sauber.
Hadjar terminou oficialmente em 19º, duas voltas atrás. Bortoleto ainda terminou em segundo, após ultrapassar Victor Martins nas voltas finais. Richard Verschoor fez valer a estratégia de esticar o pit-stop e arrancou o terceiro posto.
Martins ficou em quarto, com Oliver Bearman, Josep María Martí, Dino Beganovic, Amaury Cordeel, Oliver Goethe e Ritomo Miyata fecharam o top-10. A Invicta ainda terminou com o título entre as equipes, batendo a Campos.
Confira como foi a corrida 2 da F2 em Yas Marina:
Abu Dhabi serviu a final da Fórmula 2 com 29,8°C de temperatura ambiente, 43°C de asfalto e 25% de umidade relativa do ar. No grid, a mudança mais significativa era justamente entre os postulantes ao título, já que a possível manipulação no DRS do carro de Aron o fez sair do terceiro posto e largar do pit-lane. Isso simplesmente colocou Hadjar imediatamente depois de Bortoleto, ele em segundo, o francês na terceira posição.
A conta, aliás, era muito simples: separados por apenas 5,5 pontos, a vitória para qualquer um dos dois decidiria o campeonato. E nem mesmo o segundo lugar bastaria ao brasileiro, portanto era, de fato, uma briga clara e direta.
Os dois partiram de supermacios para o primeiro stint, a estratégia convencional. Mas a corrida simplesmente foi resolvida na largada: Hadjar não conseguiu partir e foi engolido pelo pelotão. De quebra, ainda foi ajudado pelos fiscais para retornar à pista — o regulamento da F2 permite que isso aconteça na largada.
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Hadjar voltou aos boxes e conseguiu retornar para a corrida, mas uma volta atrás. Bortoleto nem evitou a ultrapassagem para o francês recuperar o giro. Enquanto isso, Maini e Martí se valeram da empacada de Hadjar e travaram ótimo duelo pela segunda colocação, com o indiano levando a melhor sobre o espanhol.
As paradas começaram na volta 7, puxadas por Maini, Dürksen, Martins, Goethe, Bearman, Mansell e Fornaroli. Destes, o paraguaio foi quem levou a melhor e voltou como o primeiro da fila dos que já calçavam a borracha para ir até o fim. Bortoleto, por sua vez, entrou no giro seguinte e retornou com Dürksen colado nele. Com pneus mais frios, não conseguiu evitar a ultrapassagem, e Martins também se aproveitou para efetuar a manobra.
A posição de pista de Gabriel era a décima, mas entre os que já haviam parado, ele era o terceiro. Na disputa contra Dürksen, ainda fritou pneus duas vezes: “Meus freios não estão funcionando direito”, reclamou o piloto pelo rádio.
Na volta 11, Martí era o líder, seguido por Verschoor, Cordeel, Esterson, Browning, Aron e Shields, todos sem parada. Dürksen, Martins e Bortoleto completavam o top-10. Hadjar, uma volta atrás, mantinha vivas as esperanças de conseguir alguma coisa e solicitava à Campos que alertasse a diferença para Gabriel “em cada volta”.
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Volta 17, Martí levava apenas 0s3 de vantagem para Verschoor na liderança. A ultrapassagem aconteceu na curva 6, quando o holandês conseguiu espaço para contornar a curva pela linha de dentro. Na prática, porém, a disputa que realmente interessava era entre Dürksen, Martins e Bortoleto, já que os seis primeiros ainda precisavam parar.
Com 20 voltas completadas, Martins levava 2s6 de vantagem sobre Gabriel e via Dürksen à frente por 1s de distância. O trio, então, começou a abrir passagem pelo pelotão da frente, sem tempo para esperar as trocas para recuperar as posições.
E quem puxou os pit-stops foi Martí, na volta 27 de 33, seguido por Browning. Verschoor, o líder, foi chamado no giro seguinte. Na pista, Bortoleto ainda ultrapassou Martins e subiu para segundo, anotando mais um pódio na conta e tirando uma tonelada das costas depois de uma disputa absurdamente acirrada.
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