Brasileira conquista ouro inédito para o país no Mundial de esgrima
Nascida em Milão e parte da Seleção verde e amarela desde 2013, Nathalie Moellhausen vence chinesa na final da espada feminina e garante primeira medalha do país na história
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O Brasil é campeão do mundo de esgrima pela primeira vez na história. Nesta quinta-feira, Nathalie Moellhausen foi ao topo do pódio após vencer a chinesa Sheng Lin por 13 a 12 na decisão da espada feminina no Campeonato Mundial, que acontece em Budapeste, na Hungria.
Nascida em Milão e neta de brasileiros, Nathalie já havia selado um feito inédito ao se classificar para a semifinal, o que, na modalidade, garante o bronze. Nunca um atleta do país havia chegado ao pódio nesta competição.
A atleta, de 33 anos, já havia conquistado outras três medalhas, mas pela Itália: um ouro por equipes, em 2009, um bronze individual, em 2010, e um bronze por equipes, em 2011.
A brasileira chegou à competição na 22ª posição no ranking mundial da espada. Ela iniciou a quinta-feira com triunfos sobre a polonesa Renata Knapik-Miazga, a chinesa Mingye Zhu e a italiana Alberta Santuccio.
Nas quartas de final, a brasileira foi beneficiada pelo uso do árbitro do vídeo, que anulou um ponto dado à adversária, a luxemburguesa Lis Rottler. No golden score, Moellhausen levou a melhor, por 11 a 10.
Nas semifinais, Nathalie derrotou a terceira do mundo, Vivian Kong, de Hong Kong, por 15 a 11, após se manter à frente no placar durante a maior parte da disputa.
Na decisão, Sheng, que é a 13ª na lista, era favorita ao título. E o caminho para assegurar o título foi suado. A brasileira abriu 4 a 1, mas cedeu a virada por 7 a 5. Na reta final do segundo tempo, voltou à frente, com 7 a 8. A sequência foi dramática, e a chinesa conseguiu um ponto de vantagem a um minuto do fim da luta, que terminou empatada em 12 a 12. No golden score, Moellhausen mostrou foco e precisou de 19 segundos para confirmar o desempate.
Após o Mundial, Nathalie disputará os Jogos Pan-Americanos de Lima, que começam na semana que vem. Na última edição, em Toronto-2015, ela conquistou o bronze tanto no individual quanto por equipes, pelo Brasil.
A atleta passou a integrar a Seleção Brasileira no ano seguinte aos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Na ocasião, havia perdido espaço na equipe italiana. Na Rio-2016, chegou às quartas de final e terminou entre as oito.
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