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Ao L!, Calderano celebra evolução e mira briga por medalha em Tóquio

Segundo ranking da ITTF, o brasileiro terminou 2018 como o sexto maior mesa-tenista do mundo, melhor colocação de um atleta da América-Latina

Hugo Calderano
imagem cameraA evolução de Hugo Calderano ano a ano (Foto: ITTF)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/01/2019
10:07
Atualizado em 16/01/2019
10:43

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Quando Hugo Calderano venceu o chinês Fan Zendong, número 1 do mundo, nas quartas de final do ITTF Grand Finais, em dezembro de 2018, a história de sua vida e de sua carreira já estava mudada. E a eliminação na etapa seguinte do torneio não apagou o brilhantismo da temporada do atleta que terminou o ano como o sexto melhor mesa-tenista do mundo. É a melhor posição de um latino-americano na história do esporte. Ao LANCE!, o atleta fala de como está sua preparação para temporada, mirando as Olimpíadas de Tóquio, em 2020.

- Ser o número seis não é fácil, fico muito feliz com essa posição. Mas é só o começo, ainda tem muito mais por vir. O ranking é só de números. Claro que demonstra mais ou menos o nível dos atletas, mas o mais importante é desenvolver o meu nível, melhorar meu tênis de mesa e chegar às grandes competições com chances de medalha.

Melhorar a cada dia sem dúvidas é a chave para que o jovem carioca de 22 anos igualasse ou até ultrapassasse os feitos de Hugo Hoyama, referência no esporte no passado. Para melhorar seu desempenho, Calderano tem feito desafios que não necessariamente envolvem tênis de mesa, mas que ajuda a desenvolver o físico, a mente e tirar o peso do stress causado pela preparação para os grandes eventos.

- Sempre gostei de desafiar meu corpo e minha mente com coisas que podem ser difíceis. É muito divertido, mas também ajuda meu desenvolvimento. Isso mostra minha personalidade, como sou dentro e fora da mesa. Acho que tenho que continuar com isso, é a minha identidade.

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Coincidência ou não, depois que Calderano começou a se desafiar, seu desempenho evoluiu consideravelmente. Em 2013, o mesa-tenista fechou o ano como o 178º do mundo. Dois anos depois, ano em que foi campeão dos Jogos Pan-Americanos, já era o 52º. Esse patamar ficou pequeno para Hugo nos anos seguintes.

Mostrando cada vez mais evolução na sua técnica e disposição física, Hugo ficou em nono lugar na Olimpíada, igualando Hugo Hoyama como o melhor resultado na história do Brasil. E ele quer mais. Com uma temporada toda pela frente, o garoto vê que precisa cumprir seus objetivos, para chegar no auge da forma na meta final: Tóquio-2020.

- A preparação para Tóquio, agora que está chegando cada vez mais perto, vai aumentando. Mas também tenho muitos outros campeonatos e desafios nesse meio tempo. Vou seguir treinando tendo, no fundo, Tóquio como objetivo final. Acredito que tenho condições de chegar brigando por uma medalha.

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Mas engana-se que tanta pressão e competições tão importantes pela frente tiram o sono na preparação de Hugo para a Olimpíada.

- Não sinto mais pressão, gosto de só pensar no que preciso fazer, no meu treinamento, em como melhorar. E o resultado vem com muito trabalho duro e muita dedicação.

Prova disso é que a temporada já iniciou muito bem, com o título da Copa da Alemanha com seu clube, o Ochsenhausen, quebrando um jejum de 15 anos sem título do clube alemão.

- Foi muito bom vencer a Copa da Alemanha no início do ano, nos dará muita tranquilidade para que a gente possa trabalhar duro, sem tanta pressão. Todos jogamos muito bem, deu uma certa confiança começar o ano com esse título, em um nível bem alto. Já estou pronto para os próximos desafios.

*Sob supervisão do editor Leonardo Martins

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