Após 15 dias, Carlos Arthur Nuzman deixa a prisão
Detido no início deste mês, o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil deixou a cadeia pública de Benfica
- Matéria
- Mais Notícias
O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman deixou, nesta sexta-feira, pouco antes das 16h30, a cadeia pública de Benfica, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. O pedido de habeas corpus foi atendido pelo Supremo Tribunal de Justiça na última quinta-feira, porém o alvará de soltura só foi assinado nesta manhã. Questões burocráticas impediram que o dirigente fosse liberado ainda na noite anterior.
O responsável pela assinatura foi o juiz da Sétima Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas. Após o despacho, o alvará foi expedido para a Polícia Federal. Desde então, Nuzman aguarda a chegada do documento à prisão para ser liberado.
Mesmo com a soltura, o cartola está proibido de deixar o país e o Rio de Janeiro. Seu passaporte foi confiscado e ele não pode ir à sede do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou do Comitê Rio-2016, do qual se licenciou da presidência. Além disso, está impedido de entrar em contato com os demais corréus. Ele segue afastado de suas atividades e deve comparecer uma vez por mês à Justiça para justificar suas atividades.
A votação para a libertação do cartola terminou em 4 a 0 a favor da soltura. Os responsáveis pela decisão foram os ministros Maria Thereza de Assis Moura, Sebastião Reis, Rogerio Schietti e Nefi Cordeiro. Eles alegam que a prisão do carioca era uma medida desproporcional em relação às denúncias. O ministro Antonio Saldanha não participou do julgamento.
Nuzman é acusado de ter sido a ponte entre o esquema de corrupção do governo de Sérgio Cabral (PMDB) e membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) na escolha do Rio como sede olímpica, sobretudo o senegalês Papa Lamine Diack, filho do ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, Lamine Diack.
Os procuradores descobriram que Papa recebeu U$ 2 milhões por meio da empresa Matlock Capital Group, do empresário Arthur Soares, o ‘Rei Arthur’, em data próxima da votação que terminou com vitória da capital fluminense, no dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague (DIN). Eles também constataram aumento de 457% do patrimônio do cartola entre 2006 e 2016.
Na última quarta-feira, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na noite da última quinta, Nuzman se tornou réu na 'Unfair Play' devido a tais acusações. O responsável por acatar a denuncia foi o mesmo juiz que assinou a sua soltura, Marcelo Bretas. Ex-governador do Rio Sérgio Cabral e Arthur César de Menezes Soares Filho (o Rei Arthur) também foram acusados de corrupção na possível compra de votos na eleição do Rio como cidade cede.
Relacionadas
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias