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‘A CBB estava empurrando com a barriga’, critica Ricardo Fischer

Armador lamenta ausência do Fla da Liga das Américas, mas vê crise como mal necessário ao esporte. José Neto acredita que clube tem de acatar a suspensão: 'É como uma equipe'

Ex-Bauru, Ricardo Fischer ainda é dúvida para a partida deste sábado
imagem cameraRicardo Fischer criticou a demora da CBB em agir diante da crise (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/11/2016
14:40

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Na última segunda-feira, a Federação Internacional de Basquete (FIBA) suspendeu a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) de todas as competições internacionais até janeiro. A decisão afetou diretamente a Seleção Brasileira e também os clubes. Flamengo e Bauru, finalistas da última edição do NBB, não poderão disputar a Liga das Américas de 2017. A definição vale pelo menos até o próximo julgamento, no dia 28 de janeiro. Além dos dois, a equipe de Mogi também poderá ficar fora, mesmo em caso de vitória na Liga Sul-Americana.

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O armador do Flamengo, Ricardo Fischer, lamentou a situação da confederação, mas ponderou que talvez seja um mal necessário nesse momento. A decisão da principal entidade do basquete mundial se deu pela grave crise financeira e institucional enfrentada pela CBB.

- É muito ruim. É um momento que o basquete está crescendo muito. A Liga Nacional está se consolidando, os clubes brasileiros estão dominando a Liga das Américas há seis ou sete anos. Isso tinha que acontecer. A CBB estava empurrando com a barriga. Era hora de parar, mudar a administração e pensar para frente da Olimpíada - disse o camisa 5 do Fla.

O técnico da equipe rubro-negra, José Neto, também se mostrou chateado com a notícia. Para ele, os clubes não deveriam pagar pelos erros dos dirigentes, mas os envolvidos no basquete brasileiro podem e devem demonstrar sua indignação.

- É triste. O basquete brasileiro, em termos de equipes, como estão jogando, os investimentos dos clubes, uma liga forte, inclusive em nível internacional, foi obrigado a pagar por um preço que talvez não fossemos nós que deveríamos pagar. Mas faz parte, existe uma confederação a qual somos subordinados. É como uma equipe. Quando um tem um problema, todos pagam. Infelizmente estamos pagando em um momento que o Flamengo não poderia pagar. Acho que temos um dos maiores investimentos no Brasil, mas temos que acatar. Não temos para onde fugir. Claro que estamos conseguindo manifestar nosso sentimento nessa situação, estamos nos fortalecendo e acredito que isso seja importante. O grupo dos técnicos conseguiu expor uma nota oficial de insatisfação, os jogadores estão fazendo a mesma coisa. A comunidade do basquete está indignada com isso - analisou Neto.

O Flamengo, por nota oficial, já informou que tentará reverter a decisão.

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