Ciclista se aposenta após perder para atleta trans: ‘Humilhada’
Aos 46 anos, Hannah Arensman abandona competições e afirma que "sua família chorou ao ver um homem na sua frente"
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A ciclista Hannah Arensman se aposentou após perder prova na categoria Master para Tiffany Thomas, atleta transgênero que, com a transição hormonal, compete na categoria feminina. De acordo com a agora ex-atleta, ela se sentiu "humilhada por um homem" e viu a sua família chorar com o resultado final da competição, realizada em Nova York.
- Sinto muito pelas meninas de agora, que estão crescendo em uma época em que não têm mais chances justas de ser as novas recordistas e campeãs do ciclismo. Senti-me profundamente irritada, desapontada, negligenciada e humilhada, porque os legisladores dos esportes femininos não acham mais necessário proteger os esportes femininos para garantir uma competição justa para as mulheres - desabafou.
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Hannah relembrou a sua última etapa disputada antes de Nova York, a UCI Cyclocross National Championships, em dezembro do ano passado. Na quarta posição o torneio de elite feminino, ela destacou que estava rodeada por ciclistas homens - se referindo às atletas transgêneros da categoria feminina com o pronome masculino.
- Minha irmã e minha família choraram ao ver um "homem" terminar na minha frente, tendo testemunhado várias interações físicas com "ele" durante a corrida - escreveu, em comunicado compartilhado pelo Conselho Independente de Esportes Femininos (ICONS).
Recentemente, a hashtag "SaveWomanSports ("Salvem o Esporte Feminino", em português) foi constantemente utilizada nas redes sociais. O movimento é uma reação à permissão de atletas transgêneros no cenário esportivo.
Tiffany passou a pedalar como uma atleta master já na casa dos 40 anos de idade. Ela passou a praticar a modalidade com frequência e seriedade há cinco anos, em 2018. Na última semana, se sagrou campeã de prova em Nova York e celebrou a conquista.
- Não vou mentir, às vezes me sentia como uma super-heroína enquanto estava pedalando - disse Tiffany, focada em vencer a prova.
Bióloga de formação, Tiffany recebeu ataques transfóbicos nas redes sociais após a repercussão do caso. No entanto, também foi elogiada por seguidores e usuários, sendo chamada de "super-heroína" no Instagram.
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