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COB repassará montante recorde de R$ 120 milhões a esportes em 2020

Valor supera o do último ano olímpico e representa aumento de 10% em relação a 2019<br>

Pela primeira vez na história dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil teve uma mulher como porta-bandeira. Uma não, duas. Martine Grael e Kahena Kunze foram as representantes brasileiras.
imagem cameraConfederações brasileira receberão montante recorde da Lei Agnelo-Piva (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
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Rio de Janeiro (RJ)
Dia 30/10/2019
18:58

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quarta-feira o repasse de R$ 120 milhões em 2020 para as 34 modalidades olímpicas, exceto futebol, provenientes da Lei Agnelo/Piva, que destina 1,7% da arrecadação bruta das loterias federais ao esporte. O valor é o maior já investido desde a criação da lei, em 2001, e representa aumento de 10% em relação a 2019. Ele também é superior ao distribuído no ano dos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Para definir a distribuição, foram levados em consideração 12 critérios, sendo dez esportivos e dois administrativos. Para 2020, o COB elevou o peso do Programa Gestão Ética e Governança, que avalia as confederações com base no seu nível de maturidade em gestão e governança, adotando como referência os principais guias de boas práticas de mercado.

Os esportes que mais receberão verbas continuam sendo o vôlei, com R$ 6,7 milhões, e judô, com 6,5 milhões. Modalidades que apresentaram resultados de expressão em 2019 tiveram aumento. Casos da ginástica artística, beneficiada pelo título mundial de Arthur Nory na barra fixa, e esgrima, que celebrou o título mundial de Nathalie Moellhausen. Ambas as confederações levarão R$ 1,5 milhão a mais do que em 2019.

– Para 2020, estamos aumentando o volume de recursos ordinários repassados às modalidades em relação aos anos anteriores. Procuramos ser os mais justos possíveis na distribuição dos recursos. Estamos sempre dedicados em mostrar uma evolução nos critérios, por isso eles são sempre revisados. Nossa intenção é mostrar que, quanto melhor a confederação utiliza seus recursos e mais resultados ela apresenta, mais condições terá de receber nos anos seguintes – afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB, que ressaltou a forma criteriosa como são feitas as discussões para a definição dos repasses.

Ainda este ano, a entidade anunciará a estimativa de arrecadação total da Lei das Loterias, que inclui além dos recursos ordinários, o orçamento para projetos extraordinários para a preparação das modalidades esportivas. Neles, estarão investimentos diretos do COB em ações como o Programa de Preparação Olímpica, Missões Internacionais, Centro de Treinamento Time Brasil, Desenvolvimento Esportivo, Jogos Escolares da Juventude, Instituto Olímpico Brasileiro e área cultural.

O COB já trabalha com a projeção de maior arrecadação e investimento na história do esporte brasileiro. A estimativa é que mais de 85% da verba das loterias seja alocada diretamente em ações esportivas.

Para o Diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara, os Jogos Olímpicos Tóquio-2020 exigirão uma logística desafiadora.

– É onde veremos o fruto do nosso trabalho de quatro anos sendo colocado à prova. Foi uma preparação difícil, mas o Brasil tem sido bem representado internacionalmente pelos atletas e isso é fruto do trabalho integrado de todos os agentes do esporte. Estamos com uma expectativa positiva da participação em Tóquio – avaliou Bichara.

Em relação às cinco novas modalidades do programa olímpico, o COB adotará a mesma estratégia de 2018 e 2019. Assim, dos R$ 120 milhões que serão repassados diretamente às confederações, cerca de R$ 8 milhões serão destinados especialmente para projetos de preparação de atletas e equipes de beisebol/softbol, escalada esportiva, caratê, skate e surfe.

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Veja quanto cada confederação levará em 2020

Atletismo - R$ 5.250.649,14
Badminton - R$ 2.895.562,47
Basquetebol - R$ 3.261.586,52
Beisebol/Softbol - 882.352,94
Boxe - R$ 5.289.381,84
Canoagem - R$ 5.375.700,44
Ciclismo - R$ 2.988.520,96
Desportos na Neve - R$ 2.817.958,74
Desportos no Gelo - R$ 2.611.292,10
Desportos Aquáticos - R$ 4.414.991,07
Escalada Esportiva - R$ 882.352,94
Esgrima - R$ 4.139.988,88
Ginástica - R$ 5.968.034,13
Golfe - R$ 2.794.719,12
Handebol - R$ 3.091.024,29
Hipismo - R$ 3.160.328,16
Hóquei sobre Grama - R$ 2.618.346,99
Judô - R$ 6.359.926,08
Caratê - R$ 882.352,94
Levantamento de Pesos - R$ 3.304.745,81
Pentatlo Moderno - R$ 2.854.893,14
Remo - R$ 2.831.238,52
Rugby - R$ 2.657.356,35
Skate - R$ 882.352,94
Surfe - R$ 882.352,94
Taekwondo - R$ 4.116.610,93
Tênis - R$ 3.400.194,26
Tênis de Mesa - R$ 3.205.562,43
Tiro com Arco - R$ 2.686.820,87
Tiro Esportivo - R$ 4.497.021,41
Triatlo - R$ 2.893.072,52
Vela - R$ 5.894.303,66
Voleibol - R$ 6.771.599,38
Wrestling - R$ 3.025.040,37

Os 12 critérios (e seus respectivos pesos) utilizados para a distribuição são:

– Medalhista no último Campeonato Mundial Adulto (17,4%)
– Medalhista na última edição de Jogos Olímpicos (15,2%)
– Medalhista no último Campeonato Mundial de base (15,2%)
– Multimedalhista na última edição dos Jogos Olímpicos (10,4%)
– Prestação de Contas – Qualifica a performance das Confederações nos processos de prestação de contas da Lei Agnelo/Piva no ano corrente (9,1%)
– Medalhista na penúltima edição dos Jogos Olímpicos (7,8%)
- Programa Gestão, Ética e Transparência (6,5%)
– Medalhista na última edição de Jogos Pan-americanos (3,9%)
– Top 8 nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos (3,9%)
– Número de eventos com participação brasileira na última edição dos Jogos Olímpicos (3,9%)
– Top 8 em Campeonato Mundial adulto nos últimos 4 anos (3,9%)
– Top 8 no último Campeonato Mundial de base (2,6%)

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