COB visa promover a prática do esporte feminino e se anima com resultados antes das Olimpíadas
Time Brasil é repleto de destaques internacionais em categorias disputadas entre mulheres
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Os desempenhos e os resultados das atletas nas competições nacionais e internacionais são animadores para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que tem desenvolvido uma série de medidas visando o fomento da prática do esporte feminino. Em 2022, o Brasil conquistou mais medalhas nas categorias femininas do que nas masculinas - foram 12 das 23 conquistadas.
Dentre os ouros, cinco dos sete foram alcançados por elas. As atletas que subiram ao lugar mais alto do pódio foram a dupla Duda e Ana Patrícia, do vôlei de praia; Mayra Aguiar e Rafaela Silva, do judô; Rebeca Andrade, da ginástica artística; e Rayssa Leal, do skate. Agora, o foco é na acessibilidade ao esporte e nas conquistas de medalhas em Paris 2024.
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Desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, as mulheres assumiram maior destaque tanto na representatividade quanto nos resultados alcançados pelo Time Brasil. Em número, no país asiático, elas eram 48,8% do total de atletas participantes, proporção mais igualitária de todas as edições dos Jogos. Na delegação brasileira, que teve sua melhor participação na história, as atletas fizeram diferença: foram responsáveis por 9 das 21 medalhas conquistadas, obtendo uma proporção recorde de 42,86%.
- É nítida a evolução nos últimos anos e o objetivo é aumentar esse espaço cada vez mais. Nosso papel é atuar em várias frentes, para que as mulheres do esporte de alto rendimento tenham todo o respaldo necessário para se desenvolverem e competirem com o máximo do seu potencial. Ao termos grandes referências de sucesso feminino, outras meninas se sentirão motivadas a seguir a mesma trajetória, o que se torna um ciclo virtuoso para o cenário olímpico do país - observou Paulo Wanderley, presidente do COB.
A preocupação da entidade em promover a valorização feminina no esporte olímpico brasileiro e diminuir a disparidade entre os gêneros não vem apenas de agora. Há cerca de um ano e meio, foi criada a área da Mulher no Esporte do COB, que desde então realiza projetos nesse sentido.
Visando ajudar no bem-estar e no desenvolvimento de atletas e colaboradoras, o COB tem promovido ações para a valorização e o fortalecimento das mulheres, como a Comissão da Mulher no Esporte, o Fórum da Mulher no Esporte, o Canal tira-dúvidas de Saúde da Mulher, entre outras iniciativas.
Mais recentemente, a entidade lançou um edital relacionado ao Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino. Por meio de parcerias com as Confederações, o intuito da publicação é promover ações que integrem programas em prol do desenvolvimento e da capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras.
Ainda no primeiro semestre deste, os cursos ofertados pelo COB, através do Instituto Olímpico Brasileiro, passarão a contar com mais um módulo, voltado à Equidade de Gênero e intitulado “Equilibrando o Jogo: práticas de inclusão de meninas e mulheres na comunidade esportiva”. As formações são voltadas a gestores, treinadores, atletas, profissionais das ciências do esporte, entre outros públicos.
A expectativa para Paris 2024 é que o número de atletas homens e mulheres seja igual pela primeira vez na história. A coordenadora da Área Mulher no Esporte do COB, Isabel Swan, que é ex-atleta e medalhista olímpica, ressaltou questões que contribuem para o paradigma histórico de menos mulheres praticando esporte.
- Os principais desafios são a taxa de evasão dos esportes maior que nos homens. Por vários motivos, desde o não estímulo da família, até em função de papéis estereotipados de gênero - muita gente ainda encara que alguns esportes devem ser praticados apenas por homens-, chegando à parte de falta de inclusão e voz, além do treinamento não focado em mulheres, considerando as nossas especificidades.
- Estamos chegando a uma igualdade em número de praticantes, inclusive sempre subindo com o número de conquistas de medalhas. Nesse cenário, o COB está realizando uma série de ações que visam fortalecer as mulheres, principalmente com a criação da Comissão da Mulher no Esporte, que tem atuado em várias frentes e já vem colhendo frutos - finalizou Swan.
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