O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou, nesta terça-feira, a participação da Equipe Olímpica dos Refugiados para os Jogos de Tóquio 2020. Será a segunda participação de uma delegação de refugiados, competindo sob a bandeira olímpica, depois da estreia no Rio, em 2016.
A decisão foi anunciada em uma Sessão do COI, em Buenos Aires, onde acontecem os Jogos Olímpicos da Juventude.
No Rio de Janeiro, dez refugiados, vindos originalmente da Etiópia, Síria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo competiram no atletismo, judô e natação. No Japão, vão participar de mais quatro modalidades: levantamento de peso, tênis, karatê e taekwondo. Os atletas que vão compor a equipe de refugiados na capital japonesa serão definidos apenas em 2020, após o término do período qualificatório.
Em 2017, o COI criou a Fundação de Refúgio Olímpico, em cooperação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A iniciativa visa a criação de espaços seguros para que refugiados em situação de vulnerabilidade possam receber proteção e empoderamento através do esporte.
Em nota oficial, o COI reafirmou o compromisso no enfrentamento do drama de pessoas que têm de deixar a terra-natal por razões de segurança e de sobrevivência.
–A iniciativa é uma continuação do compromisso do COI de desempenhar seu papel no enfrentamento da crise global de refugiados e outra oportunidade de continuar a transmitir a mensagem de solidariedade e esperança a milhões de refugiados e atletas deslocados internamente em todo o mundo – declarou a entidade.