COI lança manual de conduta para casos de assédio e abuso

A entidade tem como objetivo auxiliar as confederações nacionais a atuar em casos envolvendo esportistas

imagem cameraManual já estará em vigor nos Jogos de Pyeongchang-2018 (Foto: Reprodução/COI)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/11/2017
14:20
Atualizado em 03/11/2017
14:53
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta sexta-feira, a criação de um manual de conduta para comitês olímpicos nacionais dos países associados com o fim de garantir a proteção dos atletas diante a possíveis casos de assédio e abuso sexual.

A iniciativa do COI atende a um pedido dos esportistas, revelado em um Fórum de atletas internacionais em 2015. O manual é o último item de uma série de medidas do Grupo de Prevenção de Abuso e Assédio (PHAS, em inglês), junto às comissões de atletas, médicos e cientistas do COI. A ação contou com colaboração com os comitês olímpicos nacionais, a Federação Internacional e organizações externas de apoio e proteção aos esportistas.

O documento está disponível na página oficial do COI e foi baseado em guias já existentes sobre o tema. Além disso, ele conta com um "passo a passo" com recomendações médicas e de exposição, tendo como centro as políticas específicas de proteção na organização de competições. O manual ainda traz possíveis soluções para os casos junto ao movimento olímpico.

O lançamento ocorreu na cidade de Praga, na República Checa, em evento da assembleia da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC, em inglês). O presidente do COI, Thomas Bach e o chefe do PHAS, Prince Feisal, estiveram presentes.

- O manual espera fornecer soluções e orientações para as entidades esportivas baseado no conhecimento e expertise de todos ao redor do mundo. Seguindo as orientações deste manual, esperamos que todas as organizações esportivas implementem políticas e procedimentos que sejam efetivos e tenham um impacto a longo prazo no bem estar dos atletas - disse Feisal. 

Como ex-atleta olímpico, Bach apoiou os atletas, para que denunciem casos de abuso ou assédio ocorrido em suas carreiras.

- Como um ex-atleta, as vozes e preocupações dos atletas ressoam em mim. Elogiamos a coragem deles em falar sobre incidentes de assédio e abuso sexual, e nós os apoiamos em suas iniciativas. A segurança e o bem estar deles é primordial para o COI e o movimento olímpico. É responsabilidade de todos nós manter os atletas seguros e proteger os seus direitos - afirmou o presidente do COI.

As medidas entrarão em vigor nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang-2018, na Coreia do Sul. Na Rio-2016, foi montada uma central para atender possíveis denúncias feitas pelos atletas.

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