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Coluna do Bichara: Interlagos sempre oferece espetáculo

Grande momento do GP Brasil de Fórmula 1 foi bem no finalzinho, a luta pelo 3º lugar

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Max Verstappen comemora mais uma vitória em 2023, desta vez em Interlagos. Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

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Pela 51ª vez na história a F1 chegou ao Brasil, e felizmente temos a certeza de que muitas vezes a categoria ainda aqui estará: a FIA e a Cidade de SP anunciaram hoje renovação do contrato até 2030.

Falando em renovação, outra boa notícia do dia para o Brasil é que Felipe Drugovich seguirá como piloto reserva da Aston Martin em 2024, e inclusive pilotará no FP1 em Abu Dhabi. Embora ano que vem não haja vagas na equipe, Drugo segue vivo na batalha pelo último cockpit disponível – na Wiliams. De toda forma, a médio prazo é possível que haja vaga na própria Aston Martin, eis que o veterano Alonso pode querer pendurar as sapatilhas em 2025, e que crescem os boatos de uma possível aposentadoria do – menos talentoso que rico - Lance Stroll.

Apesar de o campeonato chegar a Interlagos já decidido, a briga segue viva pelo vice-campeonato (20 pontos separavam Perez de Hamilton). E Verstappen, assim como fez ano passado, demonstrou incrível descompromisso com a equipe. Indagado se ajudaria Checo na missão, respondeu: “(…) no final do dia, sabe, conseguir os pontos, isso não cabe a mim”. O holandês faz o que quer, e realmente não demonstra ser um team player.

A ação de pista começou na sexta, uma vez que sábado era dia de sprint. No único treino livre, as Ferrari fizeram as primeiras posições, mas não havia muito mérito nisso: a Red Bull estava tão confiante que sequer usou pneus médios. Iniciada a classificação, Verstappen confirmou que sobrava. Enquanto isso Perez foi apenas o 13º no Q1, flertando com o vexame.

A chuva se aproximava a toque de caixa, e no Q3 todo mundo foi logo para a pista para fazer tempo, evitando-se o chamado efeito Magnussen – que em 2021 fez inédita pole quando um temporal caiu. E quando o céu de Interlagos parecia mais com o de um corrida noturna, a tempestade desabou – tão forte que até derrubou a cobertura de uma das arquibancadas. Mas Verstappen, bafejado pela sorte, tinha o melhor tempo quando, faltando 4:19 min para acabar o Q3, a classificação foi interrompida pelas condições climáticas extremas. Leclerc ficou em segundo, seguido pelas Aston Martin, que beneficiadas pela chuva, fizeram o 3º lugar com Stroll e o 4º com Alonso, chegando a frente de Hamilton e Russel, 5 e 6º respectivamente.

No sábado Lando Norris fez a melhor volta do sprint shoot out, garantindo a pole. Mas logo na largada foi superado por Verstappen, que seguiu tranquilo para a vitória na última Sprint do ano, seguido por Norris e Perez.

No domingo de muito sol em Interlagos, dois vexames iniciais: um da cantora Ludmila, que escalada para cantar o Hino Nacional, parece ter esquecido sua letra, e outro de Charles Leclerc, que conseguiu a proeza de bater feio na volta de classificação. A Ferrari passou pano, e disse que o piloto havia sido vítima de um problema hidráulico. Não sei não… Teve toda cara de barbeiragem mesmo. Esse constrangedor acidente adiou a largada. E quando ela se deu, rolou uma nova treta: Alexander Albon e Nico Hulkenberg se embolaram, acertando Kevin Magnussen – tudo isso ainda no S do Senna! Enquanto isso Norris fez uma espetacular largada, pulando de 7º para 2º. Mas o acidente deixou muitos detritos pela pista, provocando uma bandeira vermelha logo na 2ª volta. Prova suspensa, e todo mundo para os boxes.

Logo após a relargada, Norris, audacioso até a insolência, foi para cima de Verstappen. Mas não é que ele estivesse blefando; ele não tinha cartas. A estúpida diferença de equipamento garantiu ao Holandês tranquila liderança. Mesmo assim Norris seguiu na sua escolta durante toda a prova. A questão é que não adianta muito esperar erros de Verstappen para dar o bote: ele simplesmente não os comete. O holandês é de uma precisão irritante.

Mais atrás, Perez conseguia superar as Mercedes, e seguia na caça de Fernando Alonso, que sustentava a 3ª posição, demonstrando que a Aston Martin voltou para o jogo.

E o grande momento da corrida foi bem no finalzinho, a luta pelo 3º lugar. Embalado pela força da Red Bull, Perez chegou em Alonso, para superá-lo na penúltima volta, valendo-se do DRS. O espanhol veio babando para dar o troco e, na última volta, mostrou-lhe o cabo do punhal na reta principal, deixando, todavia, para executar uma ultrapassagem perfeita ao final da reta oposta, recuperando a posição. Assim que chegaram na derradeira subida para a principal Checo despejou potência em seu motor Honda, abrindo a asa móvel e partindo para outra ultrapassagem. Cruzaram a linha de chegada lado a lado, com o espanhol segurando o 3º lugar no photochart . Na entrevista no cercadinho, Alonso, bem humorado, contou que falou para Perez não fazer ele se emocionar assim novamente, porque ele já não é mais garoto…

Diz-se que Winston Churchill teria dito a respeito do Primeiro Ministro que o antecedeu: “Lá vem um táxi vazio, e dele desce Neville Chamberlain”. Na F1, lá vem uma Red Bull vazia, e dela desce Sergio Perez.

Perez conseguiu uma folga na disputa pelo Vice-campeonato, abrindo 32 pontos de vantagem sobre Hamilton. No campeonato de construtores, a briga pelo 2º posto também segue viva, com apenas 20 pontos separando Mercedes e Ferrari.

Verstappen seguiu tranquilo para mais essa vitória, seguido por Norris e Perez. Tendo vencido no Brasil, Verstappen quebrou um recorde que vinha desde 1952: o de maior porcentagem de vitórias numa temporada, que pertencia e Alberto Ascari, vencedor de 75% das corridas disputadas naquele ano. O holandês, que venceu em 2023 16 das 19 corridas, chegando, no mínimo, a 77% de vitórias num mesmo ano, pulverizando o antigo recorde. E ainda faltam duas corridas…

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