Com Nuzman preso, ex-presidente da Confederação de Judô cuida do COB
Paulo Wanderley foi eleito vice-presidente do COB ano passado
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Com Carlos Arthur Nuzman encarcerado, o comando do Comitê Olímpico do Brasil (COB) fica nas mãos do vice-presidente da entidade, Paulo Wanderley. Ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), as implicações trazidas pelas investigações do Ministério Público Federal dando conta da participação brasileira na compra de votos para que o Rio fosse sede olímpica até agora não respingam sobre ele.
Paulo Wanderley foi eleito ano passado como vice-presidente do COB e já era visto como sucessor natural de Nuzman, obviamente sem a previsão dos cartolas de que o mandatário seria preso pela Polícia Federal. A ordem é prender preventivamente por cinco dias, mas o tempo no cárcere pode ser prorrogado.
Antes de se juntar à chapa de Nuzman, Paulo Wanderley comandou a Confederação de Judô entre 2001 e 2016. Em 2009, passou a ser presidente da Confederação Pan-Americana de Judô e vice-presidente da Federação Internacional de Judô, cargos que ocupou até 2015. Desde 2014, é membro do Conselho Executivo do Comitê Olímpico do Brasil.
É pela presença de Wanderley que novas eleições no COB ainda não serão convocadas. O estatuto prevê realização do pleito em caso da vacância dupla do presidente e do vice.
- Como vice-presidente do COB, vou trabalhar, junto com o Presidente Nuzman, numa gestão comprometida com a manutenção das conquistas obtidas até aqui e com a consolidação da excelência do esporte no Brasil - disse Wanderley por ocasião da eleição, sem imaginar que teria que assumir as rédeas tão cedo.
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