Coreógrafo explica como ‘escondia falhas’ de Daiane dos Santos e faz comparação com Simone Biles

Rhony Ferreira elaborou coreografias marcantes da ginástica brasileira

Escrito por Joyce Rodrigues, supervisionado por

O Brasil é uma grande referência nas coreografias da ginástica artística. E um dos principais nomes por trás desse sucesso é Rhony Ferreira, coreógrafo da Seleção Brasileira. Responsável pelo solo marcante de Daiane dos Santos ao som de “Brasileirinho”, canção composta por Waldir Azevedo, o paranaense revelou como foi a construção da coreografia em entrevista exclusiva ao Lance!, que você assiste no trecho acima.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

— A Daiane dos Santos surgiu na ginástica tarde, com 11/12 anos, as crianças de cinco a 10 anos fazem balé clássico. Este momento é quando elas conseguem limpar os movimentos, ganhar a elegância e o refinamento. Só que ela não teve tempo de fazer isso, porque ela entrou com 12 anos. Mas ela pulava muito alto, era muito boa, bem talentosa. A Daiane dos Santos foi a Simone Biles de hoje em dia — afirmou o coreógrafo.

Rhonny Ferreira ao lado de Flávia Saraiva e Rebeca Andrade (Foto: Reprodução)

Rhony disse que criou uma estratégia específica para as coreografias de Daiane, que visava justamente esconder as falhas e exaltar as qualidades.

— Quando eu fazia a coreografia dela, tinha que arranjar uma forma de esconder as falhas e ressaltar as coisas boas, para os árbitros não perceberem que não tinha o refinamento que o balé clássico exigia. Um árbitro da China, dos Estados Unidos ou da Rússia sabe o que é um plié (passo de balé), todos sabem como é este movimento corretamente. Agora, qual árbitro internacional vai me dizer que o samba está errado? — continuou.

➡️ Sem Rebeca Andrade, saiba possíveis apostas do Brasil para continuar no pódio do solo

— Então, eu peguei uma coisa nossa, que é totalmente brasileira, que só a gente consegue fazer direito e coloquei batucadas de escola de samba todas as vezes que ela fazia acrobacia. E o “Brasileirinho”, que entrou na metade para o final, é o ritmo que poucas pessoas conheciam fora, é um ritmo muito nosso, que combinava demais com a Daiane, pela beleza, velocidade, leveza. Essa foi a ideia: esconder as coisas ruins — finalizou Rhony.

Além de “Brasileirinho” de Daiane, Rhony também foi responsável pelo sucesso do solo de Rebeca Andrade ao som de “Baile de Favela”.

Relembre o solo da ex-ginasta.

Siga o Lance! no Google News