Corintiana e ‘fora do comum’: skatista revive momento decisivo da carreira
Com declarações de familiares, skatista relembra perrengues e dificuldades da carreira em episódio de podcast disponível gratuitamente pela internet
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- Com dois anos de idade, ela já se revelou como uma pessoa fora do comum. Totalmente fora do comum.
A declaração é de Jaime da Silva, pai de uma atleta que revolucionou o esporte brasileiro: Leticia Bufoni. Paulista, ela é uma das esperanças do país no skate street, em Tóquio. Mas, antes de ser um referência nacional, inspiração para meninas que querem seguir a vida sobre prancha com rodinhas e figurar entre as melhores do mundo, a atleta de 28 anos quase trocou as pistas pelos gramados. De modo especial, a skatista se torna personagem do podcast ‘O Momento da Decisão’, que conta sobre os bastidores dessa fase emblemática.
Com declarações do pai Jaime José da Silva, da mãe Claudete Bufoni e da irmã Bruna, o episódio é comandado pelo também skatista Sandro Dias e traz Leticia por um ponto de vista único. Ao longo de 21 minutos, ela relembra histórias da infância, como, por exemplo, o seu jeito ‘agitado’ e a paixão pelo futebol.
- Eu sou muito hiperativa. Queria andar de skate, jogar bola e queria estar na rua brincando com os meninos também. E o futebol entrou na minha vida antes do skate. Ele entrou como entra na vida de toda criança no Brasil. Todo mundo pega uma bola, começa a jogar e eu gostei muito. Eu queria me profissionalizar. Sou corintiana, sempre gostei muito de futebol. E, quando comecei a andar de skate, fiquei em dúvida sobre o que eu gostava mais - diz skatista.
Antes de ser cinco vezes medalhista de ouro nos X Games, Bufoni teve de lidar com a resistência do pai em relação ao skate. Em certa oportunidade, ele rachou ao meio a sua prancha. Além disso, a paixão pelo futebol e a qualidade com a bola nos pés a deixaram em dúvida acerca de qual trajetória seguir. E é justamente esta fase que Leticia utiliza como fio condutor para reviver as suas felicidades, angústias e dificuldades até seguir uma profissão tida como ‘não tradicional’.
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