Maratona de Wuhan é adiada por causa da Covid-19
Prova, com 26 mil inscritos, foi cancelada em cima da hora devido ao aumento de casos do novo coronavírus na China
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A Maratona de Wuhan, que deveria ocorrer hoje (24), foi adiada sem aviso prévio por causa do aumento nos casos de infecção da Covid-19 em várias cidades da China. O governo chinês divulgou que foram constatados 26 novos casos no país do coronavírus neste domingo. Na sexta-feira (22), foram registrados 28 novas infecções, sendo 15 a mais que no dia anterior.
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“Devido aos recentes casos locais confirmados de nova pneumonia coronária em muitos lugares da China, para prevenir a propagação da epidemia e proteger efetivamente a vida e a saúde das pessoas, o comitê organizador decidiu que a Maratona Wuhan de 2021, previsto para ser realizado em 24 de outubro de 2021, será adiado até novo aviso “, afirma a nota da organização. “Pedimos desculpas pelo transtorno causado pelo adiamento da corrida.”
O primeiro caso de Covid-19 no mundo foi descoberto na capital da província de Hubei em dezembro de 2019, fazendo com que a cidade de Wuhan se tornasse a primeira no mundo a entrar em um bloqueio estrito.
As autoridades chinesas instituiram o plano “Covid-19 Zero” com a implementação de medidas para conter as infecções do vírus, como testagem em massa da população e realizando bloqueios direcionados.
A Maratona de Wuhan tinha 26 mil corredores inscritos nas distâncias de 42km e 21km.Ainda não foi definida uma nova data para o evento, que também foi adiado no ano passado em função da crise global de saúde.
Com o adiamento da Maratona de Wuhan, a 40ª edição da Maratona de Pequim, no próximo fim de semana, também pode ser adiada, segundo informou o “Beijing Daily”.
Recentemente, as autoridades também anunciaram a suspensão de grupos turísticos entre as províncias em cinco áreas onde foram detectados os casos, incluindo Pequim. “O risco de que o surto se espalhe ainda mais está aumentando”, alertou o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng.
Algumas cidades, incluindo a capital da província de Gansu, Lanzhou, e partes da Mongólia Interior também suspenderam os serviços de ônibus e táxi, disseram as autoridades.
Pequim, que deve receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno a partir de 4 de fevereiro do ano que vem e atualmente está realizando eventos-teste, intensificou os testes em massa depois que quatro casos do coronavírus foram identificados em um de seus distritos.
Nesta quarta-feira (27), Pequim os 100 dias antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, que devem começar em 4 de fevereiro. Os organizadores admitiram, no início deste mês, que “enfrentam grande pressão” por causa da Covid-19.
Os próximos Jogos podem ser o evento esportivo de massa mais restrito desde o início da pandemia.
Uma das medidas já definidas para os Jogos é que não haverá espectador estrangeiro. Além disso, é obrigatório o certificado de vacinação para o público e aqueles que não estiverem com a imunização completa, terão que fazer quarentena de 21 dias. O mesmo critério vale para todos os atletas.
As autoridades estão oferecendo vacinas de reforço contra a doença em Pequim e regiões vizinhas.
Pessoas com 18 anos ou mais e que receberam vacinas chinesas de duas doses e pertencem a grupos de risco, incluindo aqueles que participam, organizam ou trabalham em instalações dos Jogos, seriam elegíveis para a injeção adicional.
Para se livrar de um novo surto, que está associado a um grupo de turistas, as autoridades chinesas fecharam escolas, cancelaram centenas de voos e aumentaram os testes em massa.
De acordo com a AFP, o novo surto foi atribuído a um casal de idosos que estava em um grupo de outros turistas. Eles haviam começado a viagem em Xangai antes de ir para Xi’an, na província de Gansu e na Mongólia Interior. (Iúri Totti)
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