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Um século do primeiro latino em uma maratona olímpica

Chileno Juan de Dios Jorquera disputou os Jogos da Antuérpia, em 22 de agosto de 1920, ficando na 33ª colocação, com 3h17m47s 

Chileno Juan de Dios Jorquera foi o primeiro latino a correr uma maratona olímpica, em Antuérpia-1920
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Corrida Informa
Dia 25/08/2020
20:06

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Fez um século, no último sábado (22/8), que o chileno Juan de Dios Jorquera (1894-1973) se tornou o primeiro sul-americano a disputar uma maratona olímpica. O feito aconteceu nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, em 1920.

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Com o tempo de 3h17m47s, Jorquera ficou na 33ª colocação. A prova, que teve a participação de com 48 atletas, sendo 30 deles europeus, de 18 países.

A vitória foi do finlandês Hannes Kolehmainen, que, com 2h32m36s, fechou os 42,750m (a distância de 42,195m se tornou oficial a partir de 1921).

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Em segundo lugar, treze segundos depois, ficou Janis Lossman, da Estônia, e, em terceiro, o italiano Valerio Arri, com 2h36m33s.

Antes das Olimpíadas da Antuérpia, Jorquera tinha vencido, em 1918, uma maratona de 40,2km em Buenos Aires. Ainda antes dos Jogos, ele foi campeão sul-americano dos 5.000m, com 16m11s6, e 10.000m, com 33m13s6, em Santiago, sua cidade natal, com recordes.

Depois de Jorquera, outros latinos fizeram história em maratonas olímpicas. Em 1928, em Amsterdam, o também chileno Manuel Plaza ficou com a medalha de prata (a primeira olímpica do Chile), com 2h33m23s, atrás do campeão Boughèra El Ouafi, soldado argelino que correu pela França.

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Em 1932, em Los Angeles, o argentino Juan Carlos Zabala foi o campeão, com 2h31m36s, novo recorde olímpico. Nos Jogos de Londres-1948, o também argentino Delfo Cabrera. Reinaldo Gorno subiu ao lugar mais alto do pódio, com 2h34m51s.

Em Helsinki-1952, outro argentino foi medalhista. Reinaldo Gorno ficou com a prata, sendo superado pela lenda tcheca Emil Zátopek, que nessa edição venceu também os 5.000m e os 10.000m.

O último sul-americano medalhista olímpico foi Vanderlei Cordeiro de Lima, em 2004, que ficou com o bronze. O brasileiro liderava a prova, mas, no Km 37, foi prejudicado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan, que o agarrou e o jogou fora da pista.

Por seu espírito olímpico, Vanderlei é o único latino-americano dono da Medalha Pierre de Coubertin, a maior condecoração de cunho humanitário-esportivo dada pelo Comitê Olímpico Internacional. (Iúri Totti/Corrida Informa)

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