CPB anuncia 300 bolsas de graduação para atletas e ex-atletas
Comitê comunicou medida durante o lançamento do programa “Atleta Cidadão”, que visa estimular o desenvolvimento da cidadania dos esportistas em todas as fases da carreira
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O Comitê Paralímpico Brasileiro lançou na terça-feira o programa “Atleta Cidadão”. Em evento realizado no CT Paralímpico, em São Paulo, a entidade ainda anunciou que haverá a distribuição de 300 bolsas de estudos integrais para cursos de ensino superior para atletas e ex-atletas, no formato à distância (EaD). A iniciativa foi viabilizada por meio de parceria com o Grupo Estácio - que abrange diversas instituições de ensino no Brasil. Os atletas interessados no programa podem acessar maiores informações no Edital do projeto.
O Programa "Atleta Cidadão" tem como objetivo estimular o desenvolvimento pleno da cidadania dos atletas em todas as fases da carreira (iniciação, alto rendimento e pós-carreira) por meio da capacitação e orientação profissional. Para viabilizá-lo, o CPB estabeleceu parcerias com entidades especializadas. Atualmente, o Comitê trabalha em conjunto com a Estácio, o Ernest Young Institute, a EF English Live, a Lee Hatch Harrison e a Adecco. Nesta terça-feira, mais dois parceiros juntaram-se ao programa: o Centro de Tecnologia e Inovação e a ASBZ Advogados.
– O processo de formação de uma pessoa é complexo. A transição de uma carreira, na verdade, precisa ter início o mais rapidamente possível. Com este propósito, definimos em 2017 que criaríamos um programa que atendesse ao atleta desde o início até o fim de sua trajetória. Hoje, temos a oportunidade de efetivamente lançarmos o Atleta Cidadão, que é sequência do Transição de Carreiras. Este programa significa um passo adiante – disse Mizael Conrado, ex-atleta do futebol de 5 e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
A apresentação contou com a presença dos medalhistas paralímpicos Antônio Delfino, ouro nos 200m e 400m T46 (amputados de braço) em Atenas 2004 e prata nos 400m em Sydney 2000, e Adria Jesus, bronze no vôlei sentado feminino no Rio 2016. Os dois são os primeiros atletas a concluírem o ensino superior por meio da iniciativa do CPB.
Além deles, estiveram presentes Ivaldo Brandão, vice-presidente do CPB, Linamara Rizzo Battistella, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Silvio Soares dos Santos, diretor-geral da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer, Simone Rocha, presidente do Conselho de Atletas do CPB, e de Pílade Moreira de Moraes, diretor de parcerias estratégicas do Grupo Estácio, e presidentes de confederações esportivas paralímpicas.
– O CPB está olhando o atleta em sua mais profunda expressão como pessoa. Temos recebido todo o apoio no esporte e agora teremos o direcionamento e cuidado no nosso desenvolvimento, no nosso intelecto e no preparo para o mercado de trabalho. O Comitê Paralímpico exerce muito bem a sua função social – disse Simone Rocha.
– Os atletas com deficiência precisam ser valorizados em todos os seus aspectos. O esporte é mobilizador e traz uma felicidade imensa a quem faz e assiste, mas precisamos ir além das potencialidades visíveis. Precisamos encontrar o cognitivo e fazer com que cada atleta seja um cidadão pleno. Por isso, esse programa é de relevância imensa – completou Linamara.
O Atleta Cidadão visa aperfeiçoar o antigo projeto “Transição de Carreiras”. Criado em setembro de 2015, o “Transição” atendeu cerca de 250 atletas em sua fase final de trajetória. A ideia, no momento, é fazer a mentoria enquanto os esportistas ainda estão na ativa. Os esportistas recebem suporte por meio de cursos de graduação, idiomas e programas de mentoria e coaching.
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