
Em entrevista exclusiva ao Lance!, a levantadora do Sesi-Bauru e ex-Seleção Brasileira Dani Lins abriu o jogo sobre os desafios da temporada 2025 e compartilhou sua experiência após descobrir um nódulo na tireoide, que exigiu cirurgia.
Com uma carreira marcada por conquistas dentro de quadra, Dani também falou a importância dos autocuidados para uma atleta profissional.
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Dani Lins passou por uma cirurgia para retirar o nódulo maligno poucos dias antes das quartas de final da Superliga. Doze dias após a operação, ela já estava recuperada e de volta às quadras, defendendo a camisa do Sesi-Bauru.
— Eu sempre tive muito na minha cabeça que eu conseguiria recuperar fácil. E foi assim. Em doze dias eu consegui jogar uma partida de quartas de final. Mas assim, a gente (equipe do Sesi-Bauru) estava tão unida, que eu acho que a minha vontade de querer voltar, mais a vontade das meninas de querer ganhar e ajudar uma a outra, tornou tudo muito mais fácil. Superação. É querer estar jogando com muita vontade, com muito amor, porque eu faço isso com muito amor — disse a levantadora.
Apesar das dificuldades, Dani Lins é uma das peças mais experientes do elenco e demonstra sua habilidade dentro de quadra nos momentos de maior tensão, como na final que a equipe está prestes a disputar.
— Eu vou ficar nervosa porque são jogos decisivos, mas esse nervosismo é só no começo, e depois passa. A importância de ter a emoção de experiência é tentar passar tranquilidade para as mais novas, ou para quem está jogando a primeira final, ou quem está em momentos, em jogos de decisão. Eu acho que esse é o meu grande ponto forte, vamos dizer assim. Cada semifinal, cada jogo importante, para mim, é como se fosse o primeiro — comentou a levantadora.
Dani Lins foi convocada pela primeira vez para atuar na Seleção Brasileira na temporada de 2009 e desde então conquistou diversos títulos, incluindo a medalha de ouro olímpica em Londres 2012, quatro títulos do Grand Prix e o ouro pan-americano em 2011. Além disso, é hexacampeã da Superliga, com títulos pelo Osasco e pelo Rio de Janeiro.
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Segredo para uma carreira longa no vôeli
Aos 40 anos de idade, Dani Lins entende a importância de se cuidar desde cedo do corpo e da saúde mental para ter uma carreira longa no esporte.
— Então, desde 2009, quando eu entrei na Seleção, eu faço pilates. Não só pilates em aparelhos, mas pilates em quadra, sem aparelho. Eu aprendi muito isso. O Sidão (marido), também, sempre foi assim, a gente sempre se cuidou muito. Sempre procuro passar isso para essa nova geração, sabe? Para as meninas novas eu falo assim, "vai fazer um pilates". Hoje já deve ter umas sete meninas fazendo — comentou Dani.